À porta: contos



Título original: À porta: contos
Autor(a): Élida Ferreira Martins
Ano da edição: 2023
Editora: Artes Gráficas Formato
Gênero: Contos
Catalogação: Contos Brasileiros
Sinopse: Ana, ou a figura sem nome (ou de outros nomes) que transita pelos treze contos dessa obra, sou eu, é você, é a menina, a moça, a mulher invisível do século XXI, aquela que vive sem viver, fala sem ser ouvida, é sufocada em seus desejos, menosprezada em suas conquistas, intimidada, insegura, mas, ao mesmo tempo, forte e desafiadora, complexa e irresistível. Ana ousa sonhar quando o mundo a atira ao abismo de inseguranças e emerge de águas turvas para incomodar a existência de tantas Anas e Josés que são movidos pela corrente do cotidiano e, de vez em quando, precisam tomar fôlego da vida mergulhando na arte.Os contos dessa obra são um passeio pela vida moderna na cidade grande; são, ao mesmo tempo, devaneios de uma autora inquieta tentando encontrar a humanidade na próxima curva da esquina e esbarrando em tantas pedras que compõem o caminho.
O fantástico também se apresenta aqui de passagem, em alguns contos, como não poderia deixar de ser, em textos que, como os demais, procuram sentido para as questões profundas da vida, como o amor, a morte, a dor, o real, a arte. Numa busca por outros mundos possíveis, o fantástico, aqui, colabora não só para que nos refugiemos, como mergulhemos nas questões da vida que nos esvai.
"À porta" é um livro para incomodar, é um convite à reflexão sobre a existência. Abra as portas de seu quarto silencioso, de sua sala de estar, liberte sua mente para o indizível e cruze uma linha que não mais lhe permitirá voltar atrás.

TRECHOS EXTRAÍDOS NA LEITURA DO LIVRO 
“Agradeço à vida que me castigou para que eu aprendesse”. 
“A arte de quem escreve está em saber tecer a história secreta na história contada, preparando, num final surpreendente, o aparecimento da história secreta”. - Elzira Divina Perpétua 
“Apesar de trabalho tão árduo, deviam inventar um jeito de se fazer da vida o que se fazia das palavras no papel. Já percebera que, no mundo, tudo era irreparável, inapagável, imodificável. Grande acúmulo de inconsistências. No papel, as coisas tinham outro aspecto...”. 
“Como ela bem sabia, ou aprendera por experiência própria - e com - ‘experiência própria’ um bom leitor pinga o ‘i’ com sofrimento interminável -, não existiam vidas sem juízes, e os erros, nunca justificáveis, as mentiras, os fracassos, na vida real, eram constantemente lembrados e resultavam em humilhações das mais variadas ordens, mesmo para almas verdadeiramente sinceras (e ela ainda se orgulhava disso! Mesmo o orgulho sendo um dos sete pecados capitais”. 
“Nem todas as coisas têm um começo. E o único final possível para tudo é a morte”. 
“Palavras são como flechas apenas, feitas para ferir; e não carregam nenhuma espécie de poder. A não ser o de destruir, é claro”. 
“Toda ação gera uma reação. A inexistência da vontade também é uma energia poderosa. Considere-se morta. Como um último desejo realizado”. 
“Era importante sorrir. Por isto ela chorava à noite, para poder sorrir de dia”. 
“Seu passado era uma história inacabada com resquícios de presente e um não sei quê de futuros. E dúvidas. Com rios que talvez nem sequer levem para o mar. E algumas veredas sem nome...”.
Texto e Imagem: Google
📚 Biblioteca Pessoal


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