A última mensagem de Hiroshima


Título original: A última mensagem de Hiroshima
Autor(a): Takashi Morita
Ano da edição: 2017
Editora: Universo dos Livros
Gênero: Guerra Mundial
Catalogação: Narrativas Pessoais
Sinopse: Era 6 de agosto de 1945. Ninguém poderia prever, mas foi neste dia que a vida de inúmeros japoneses - e das gerações subsequentes - mudaria para sempre. As consequências da bomba atômica foram devastadoras, e não apenas no que diz respeito à saúde daqueles que se encontravam nas imediações do epicentro, como é o caso do Sr. Takashi, que exercia o ofício de soldado na época. Para além das numerosas enfermidades oriundas da intensa radiação emitida em Hiroshima e Nagasaki, os atingidos pelas bombas sofreram muita discriminação, principalmente pelo fato de as consequências decorrentes da radiação para os sobreviventes e seus descendentes serem ainda uma incógnita. Após sofrer situações tão devastadoras como as que o Sr. Takashi viveu, muitos de nós provavelmente sucumbiríamos ao rancor. A sabedoria, no entanto, com a qual ele enfrentou suas memórias mais sombrias é inspiradora. Quando questionado a respeito de suas mágoas com relação aos norte-americanos, responsáveis pelo envio da bomba atômica a Hiroshima, o veterano responde: "Estavam apenas fazendo o seu trabalho". O perdão, a compreensão, a empatia e todos os laços e fortalezas construídos em detrimento de um passado que é impossível de esquecer são lições que o Sr. Takashi, agora um comerciante de 92 anos que vive no Brasil, visa nos ensinar neste emocionante relato.

TRECHOS EXTRAÍDOS NA LEITURA DO LIVRO 
“De que vale ser o vencido ou o vencedor quando seres humanos são dizimados? Pode ser desolador chegar à conclusão de que, para muitos líderes estadistas, a vida humana vale menos do que um objetivo econômico, político ou, ainda, racial”. 
“Precisamos continuar lutando para que nenhum outro ser humano sofra ou perca a dignidade para a ganância, a intolerância ou mesmo para ignorância de alguns poucos”. 
“É impossível tentarmos compreender os fatos, ou os seres humanos, sob uma ótica em preto e branco, dividindo todos entre o bem e o mal”. 
“E quando a tempestade passar, na certa lhe será difícil entender como conseguiu atravessá-la e ainda sobreviver. Aliás, nem saberá com certeza se ela realmente passou. Uma coisa, porém, é certa: ao emergir do outro lado, você já não será o mesmo de quando nela entrou. Exatamente esse é o sentido da tempestade”. - Haruki Murakami 
“Nos sonhos de um pai, não existe a possibilidade de seu filho correr perigo de morte. É simplesmente inconcebível”. 
“[Na guerra], mesmo os adultos perdem sua sabedoria. Não é possível ser sábio e destruir o inimigo. Não há espaço para a consciência”. 
“Na guerra não há lugar para nossa vontade”. 
“Quando nos tornamos adultos antes do tempo, às vezes não é possível enfrentar as dificuldades da vida”. “Na hierarquia rígida do Exército, não há mestres amáveis e pacientes. Eles querem se parecer com nossos inimigos, para mostrar que não há espaço para compaixão no combate”. 
“O problema de valorizar a pátria acima de tudo é que, às vezes, os valores humanos são deixados de lado”. 
“Quando um povo é ensinado a ver seu imperador como um representante da divindade, suas ordens são inquestionáveis”. 
“Uma pena não ser possível antever perdas e desastres, mas a vida é assim. Aprendemos com os erros para não os repetir”. 
“Este é o problema da guerra: ela não leva em consideração sonhos e projetos pessoais. Temos de seguir os projetos de outras pessoas”. 
“Tempos de guerra são tempos de absurdos, e o pior que pode acontecer ao ser humano é ver o absurdo como algo normal. Isso nos priva de nossas maiores virtudes: amar e sentir compaixão”. 
“Não me parece justo que pessoas que não cometeram nenhum crime sejam vistas como criminosas. Infelizmente, este é outro perigo da guerra: esquecer que do outro lado também há seres humanos”. 
“É mais fácil matar quando não vemos o outro como ser humano”. 
“Para sucumbirmos à guerra, basta ocorrer um ato de vingança mais destrutivo que o outro, em um ciclo sem fim. Para derrotarmos a guerra, é preciso o perdão, além do amor. Só assim as pessoas terão sua vida preservada e em paz”. 
“Se quisermos que nossa espécie sobreviva, se nos propusermos a encontrar um sentido para a vida, se desejarmos salvar o mundo e que cada ser sinta que nele habita, o amor é a única e última resposta”. - Albert Einstein 
“A paz não pode ser alcançada com bombas. Por isso, devemos sempre condenar a guerra”. 
“Aprendemos que a vida também era feita de coincidências que traziam alegria e prosperidade, não só de destruição”. 
“O destino sempre nos dá diversas oportunidade, e cabe a nós escolher qual rumo tomar”. 
“As situações difíceis também podem nos mostrar que, apesar de todas as maldades do mundo, ainda é possível acreditar na bondade e na solidariedade”. 
“Acredito que saber a verdade dos acontecimentos, conhecer as histórias vivas, seja um passo importante para que tornemos o mundo um lugar melhor para todos”.
Texto e Imagem: Google
📚 Biblioteca Pessoal

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