Título original: A soma de todos os afetos
Autor(a): Fabíola Simões
Ano da edição: 2021
Editora: Faro Editorial
Gênero: Auto-ajuda
Catalogação: Crônicas Brasileiras
Sinopse: "A soma de todos os afetos" traz a reunião das crônicas mais inspiradoras da autora, que abordam sobre sentimentos e percepções da vida, tão delicadamente desenhadas, que poderiam ser indicadas para quem busca entender as particularidades do nosso processo de amadurecimento emocional. Tradutora de emoções, a prosa poética apresentada é como uma janela que abre horizontes para pessoas sensíveis. É um toque de vida aos que procuram explicações sobre o sentir. É mãe que assopra a ferida do filho que caiu da bicicleta. O reencontro consigo mesma e o amor pelos seus são tão intensos que transformam letras em risos, frases em lágrimas, textos completos em simples suspiros. Seus parágrafos têm cor e cheiro. O livro todo é um grande abraço terno de reconciliação com a maturidade que a vida proporciona. Fabíola Simões é uma das melhores cronistas da nossa geração, pois tem a capacidade de conciliar conteúdo de extrema qualidade com a beleza estética de sua escrita. Afinal, a perfeição não mora longe da simplicidade. Definitivamente um livro para ler, reler e presentear quem amamos.
Autor(a): Fabíola Simões
Ano da edição: 2021
Editora: Faro Editorial
Gênero: Auto-ajuda
Catalogação: Crônicas Brasileiras
Sinopse: "A soma de todos os afetos" traz a reunião das crônicas mais inspiradoras da autora, que abordam sobre sentimentos e percepções da vida, tão delicadamente desenhadas, que poderiam ser indicadas para quem busca entender as particularidades do nosso processo de amadurecimento emocional. Tradutora de emoções, a prosa poética apresentada é como uma janela que abre horizontes para pessoas sensíveis. É um toque de vida aos que procuram explicações sobre o sentir. É mãe que assopra a ferida do filho que caiu da bicicleta. O reencontro consigo mesma e o amor pelos seus são tão intensos que transformam letras em risos, frases em lágrimas, textos completos em simples suspiros. Seus parágrafos têm cor e cheiro. O livro todo é um grande abraço terno de reconciliação com a maturidade que a vida proporciona. Fabíola Simões é uma das melhores cronistas da nossa geração, pois tem a capacidade de conciliar conteúdo de extrema qualidade com a beleza estética de sua escrita. Afinal, a perfeição não mora longe da simplicidade. Definitivamente um livro para ler, reler e presentear quem amamos.
TRECHOS EXTRAÍDOS NA LEITURA DO LIVRO
“É que em todo o lado, mesmo no invisível, há uma porta. Longe ou perto, não somos donos, mas simples convidados. A vida, por respeito, requer constante licença”. - Mia Couto
“O que a memória ama, fica eterno”.
“A memória é contrária ao tempo. Nós temos pressa, mas é preciso aprender que a memória obedece ao próprio compasso e traz de volta o que realmente importou, eternizando momentos”.
“Somos a soma de nossos afetos, e aquilo que nos tocou pode ser facilmente reativado por novos gatilhos - uma canção cala nossos sentidos; um cheiro nos paralisa ao lembrar alguém; um sabor nos remete à infância”.
“A vida é água que flui; pode levar aquilo que amamos e trazer o que não desejamos. Aquilo que permanece nos cabe”.
“É durante os revezes que nosso espírito se fortalece. É quando aprendemos a viajar com menos bagagem, menos peso, que percebemos que nossas dores são consequências de nosso apego, da dificuldade de viver o presente, dos arrependimentos, traumas, dívidas”.
“É na infinita tristeza que aprendemos a reconhecer o amor, a estreitar os laços, a valorizar os momentos, a utilizar os dons e talentos. A entender enfim o mantra: ‘Água que flui, água que cai. O que deve ficar, fica. O que deve seguir, vai…’”.
“Não é porque o caminho está difícil que ele está errado...”.
“Entenda que o mantra ‘tudo passará’ serve tanto para os maus momentos como os bons, e se você perder o instante perfeito procurando uma estampa para os porta-retratos da sala, ele também passará - tendo você registrado ou não”.
“A vida nos dá novas chances o tempo todo, e reconhecer nossos presentes é perder o medo do que ‘a sorte lê’.”.
“Existem momentos em que é difícil reconhecermos nosso lugar. Parece que a vida dá e tira, coloca e pede de volta, estende a mão e puxa o tapete, mas, com paciência, o tempo dirá”.
“A vida sempre recomeça, o tempo insiste em mandar recados. Mas poucas pessoas percebem. Poucos acreditam no que a sorte lê. Por isso insistem em almejar aquilo que não lhes pertence; procuram pelo que não pode ser encontrado; se inquietam com faltas que jamais serão preenchidas; tentam definir o que é indefinível…”.
“Já vivemos o suficiente pra cair, levantar, cair novamente e saber que nada é definitivo, feliz ou infelizmente”.
“Da forma mais linda e surpreendente, aprendemos que tudo pode terminar e recomeçar num piscar de olhos. Que a gente pode, sim, se rearranjar de novo, embora seja sempre do jeito que dá - costurando, arrematando, remendando, apertando e afrouxando”.
“O que eu queria desejar a você é esperança. Se não a mesma esperança que tínhamos lá atrás, quando algo não saía conforme o combinado e nós acreditávamos que ‘pra tudo dá-se um jeito’ ou que faríamos ‘diamantes de pedaços de vidro’; pelo menos o desejo de que saia ileso da descrença, da desilusão. Que não amargue suas convicções nem subtraia a delicadeza do olhar. Nem tudo caminha conforme o combinado, algumas tristezas e perdas são irremediáveis, mas o saldo é descobrirmos que a existência é cheia de ciclos e recomeços”.
“O amor entre irmãos se fortalece mais nas tribulações que na bonança! Unimo-nos mais por dividirmos decepções e dores semelhantes; e amadurecemos juntos quando qualquer desilusão de um podia ser explicada à luz da adaptação do outro”.
“Duas coisas são essenciais na vida: teto e afeto. Teto com afeto é lar. Casa só se torna lar quando comporta marcas na parede registrando o crescimento do menino, xícara com asinha lascada de tanta prosa e chá, panela queimada no clássico de domingo, saudade estampada no porta-retratos da sala. Não importa quão longe você queira ir, não importa de quem você deseja fugir, seu lar é onde seu coração está”.
“É difícil fechar a porta quando as lembranças criaram raízes e a poeira é relíquia de tempos bons. A gente recomeça e sem querer está repetindo a mesma organização, tentando eternizar aquilo que é familiar”.
“’Lar’ pode ser alguém - e geralmente é. É pra lá que nosso coração se dirige quando está perdido, exilado, estafado. Não importa a mobília, a decoração, a sofisticação - o coração não tem memória palpável, mas reconhece o que é verdadeiramente humano”.
“A vida não é uma jornada que começa agora e termina lá na frente. Ao contrário, vai começando, finalizando, recomeçando, terminando…inúmeras vezes, mais do que ousamos suportar. Uma hora, porém, você vai descobrir que o que faz cada um ter uma boa vida é saber tirar de letra essas viradas de página que acontecem de forma planejada ou não, na maioria das vezes sem pedir licença, chegando e nos desorientando por algum tempo, mas depois permitindo que a gente descubra que tem recursos que nem sabia que existiam, e que a tribulação foi o gatilho para nos conhecermos melhor”.
“Não busque culpados fora de você - para sua dor, sua solidão, sua inadequação. Descubra, sim, recursos que podem te tirar desses lugares que inevitavelmente ocorrerão. Não busque nas pessoas seu consolo, mas investigue o que pode mudar em si mesma”.
“Nunca imagine que fracassou, não se permita entrar nesse lugar ruim. De vez em quando as coisas não ocorrem como planejamos, e é normal se sentir frustrado. Mas como querer controlar tudo? Uma hora você vai descobrir que certas coisas acontecem sem a nossa permissão, mas ainda assim, elas nos ajudam a sair de nosso centro e finalmente abrir aquela gavetinha escondida que nunca fomos capazes de escancarar. E por fim, não se esqueça: é das coisas mais simples que a gente se lembra mais”.
“Só quem amou entende de saudade”.
“Nossas saudades são costuradas em momentos aparentemente pequenos, que ganharão grandes contornos lá na frente. Toda saudade é feita de pequenos instantes que se transformarão em grandes momentos”.
“Saudade não é apenas lembrar; é carregar despedidas também. Despedida da vida que se desenrola no presente ou que insiste em se demorar dentro da gente. Saudade da vida que não se concretizou, mas permanece criando raízes na mente”.
“Por meio dos sonhos localizamos nossas saudades. Os que deram certo e os que não se concretizaram. Os que imaginamos como verdade ou grandes demais para caberem em nossa simplicidade. Sonhos de ir, sonhos de ficar. Saudade dos planos que imaginamos como certos, da vida boa que existia bem de perto”.
“Temos saudade do que a mente sonhou e a vida deixou partir. Do que é lembrado com ternura, e permanece existindo como um refúgio invisível dentro de nós. Do que não resistiu como memória palpável, mas jamais deixará de fazer falta. Do que fomos, do que queríamos ter sido, da parte de nós que teve que ser deixada para trás”.
“A gente vive e não sabe do que vai ter saudade. Porque saudade não avisa que o presente vai virar lembrança, e poucas vezes distingue o estável do passageiro. Algumas coisas o tempo leva sem piedade, e a gente antecipa a saudade do que não permanecerá. Talvez seja isso que vem dar sabor - a noção de que passará - como a própria vida que vem e que, a gente, findará”.
“Reencontrar amigos significa localizar a nós mesmos, é estar alinhado com uma porção nossa que existiu e se diluiu, mas que necessita ser ativada de tempos em tempos. É reencontrar nosso referencial, o pedaço de nossa história a partir do qual todo o resto virou mera comparação e entender que, se algum dia fomos tocados, essa relíquia permanece conosco. Requer coragem, pois implica deixar o instinto de autopreservação em casa e se arriscar”.
“A busca é mais prazerosa que o encontro; a maior satisfação acontece durante o trajeto e reconhecimento das pistas, a expectativa pela surpresa final. (...) A busca tem a sua parcela de alegria, e quanto mais nos frustramos nessa jornada, mais valorizamos nosso desejo por aquilo que buscamos. Por isso é tão necessário descobrir o que é importante pra você. Uma hora talvez você descubra que os melhores tesouros são os mais difíceis de serem encontrados”.
“Caminhe sem pressa e valorize sua essência. Porém, quando chegar a hora, partilhe sua vida e alegre-se por ter chegado ao cume da montanha. Reconhecer suas dádivas é primordial para viver uma vida satisfatória”.
“Se desejamos evoluir, muitas vezes patinamos nas incertezas de nossos conceitos e verdades, que nunca foram absolutos”.
“A gente cresce e vive de saudades também. Mas isso pode ser tão penoso… como se somente o que passou tivesse vocação de felicidade. Por isso, não viva de buscar tesouros. Preserve o que é seu para não se frustrar em demasia. Desejar é bom, nos mantém alertas e vivos, mas chega uma hora em que é preciso somente agradecer. Mesmo sem saber rezar, não tenha pudores em dobrar os joelhos e dizer ‘obrigado’. Na vida saímos esfolados vezes demais, mas o saldo é sempre positivo. Só tenha paciência de esperar, pois mesmo sendo difícil, há beleza. Mesmo machucando, há prazer. Mesmo frustrando, há satisfação”.
“Repetir o amor é aperfeiçoá-lo”. - Fabrício Carpinejar
“Ter irmãos é sentir-se abraçado a distância, acarinhado em pensamento, entendido na ausência”.
“Nessa vida, nós nos blindamos de diversas maneiras, mas aprender a afrouxar as defesas também nos torna pessoas mais leves e felizes”.
“Ser mãe é uma dádiva, mas ser tia é um privilégio”.
“O que faz cada um ter uma boa vida é aprender a resistir com serenidade e fé. Porque, por mais que sejamos fortes, alguns momentos nos desestabilizam por completo”.
“As pessoas que nos querem bem por vezes nos ferem também. Machucam sem querer machucar, arrancam lágrimas sem querer arrancar. E isso muitas vezes está relacionado mais à vida delas que às nossas. E a gente vai ter que compreender, mesmo preferindo de outro jeito. Isso é amor também, sabe? Saber aceitar a vida do outro, que interfere tanto na vida da gente, mas que, ainda assim, é outra vida. Cada um tem uma história, e ainda que muitos capítulos estejam entrelaçados de forma definitiva, cada pessoa carrega em si não somente aquilo que sai dos olhos ou da boca, mas muitas outras coisas que jamais conseguiremos supor por completo”.
“Aprenda a perdoar. Não somente aos outros, mas principalmente a si mesma. Não há ganho nenhum em reter arrependimentos ou culpa, mas procurar a reparação é essencial para se viver em paz. Perdoe, aceite, ame. Descubra o presente lindo que é a vida e tente trilhar sua história com coerência e autenticidade. Não perca a fé; ore, agradeça e recorra a Deus quando precisar”.
“A vida gosta de surpresas e obedece à ‘lei do leite que transborda’: aquilo que você espera acontecer não vai acontecer enquanto você continuar esperando. (...) A vida - como o leite - não está nem aí para sua pressa, para o seu momento, para sua decisão. Por isso você tem que aprender a confiar. A relaxar. A tolerar as demoras. A não criar expectativas”.
“Tem gente que prefere ser lagarta a borboleta. Sem paciência com os ciclos, destrói o casulo antes do tempo e não aprende a voar”.
“De vez em quando é normal sentir que a vida que vivemos não é a vida que escolhemos…”.
“É tão difícil nos sentirmos livres! Atribuímos as razões de nossas frustrações fora de nós, encontramos bodes expiatórios pra nossa falta de sorte e não percebemos que o caminho sempre esteve à nossa mercê e disposição, mas preferimos não arriscar. Supomos que deixar nossas folhas em branco seja mais seguro do que simplesmente usar a borracha”.
“Tome cuidado pra não cair na armadilha da perfeição. Essa talvez seja a pior das prisões, e pode arrastar uma infinidade de consequências ruins derivadas dessa vontade de que tudo corra perfeitamente bem. Nunca se esqueça: mesmo quando as coisas dão errado, a gente sobrevive”.
“Tolere os imprevistos, encontre neles sua oportunidade de crescimento. Não contabilize prós e contras de cada atitude - de vez em quando a gente perde, de vez em quando a gente ganha; ouça mais seu coração do que a opinião de sites especializados, livros ou conversas de estranhos”.
“Prefira uma verdade feia a uma mentira bonita. De vez em quando somos tentados a disfarçar nossas miudezas, e criamos fantasias em que pensamos que podemos nos refugiar. Mas isso dura tão pouco… E quando a verdade aparece, o estrago é tão devastador… Assuma sua vida do jeitinho que ela é, sem tirar nem pôr; e nunca se envergonhe daquilo que lhe aconteceu. Essa é sua história, e negá-la só fará com que se sinta mais presa, mais encarcerada, mais infeliz. Aprenda a tolerar seu enredo”.
“Se existe um lugar onde você pode se refugiar em segurança, esse lugar é na verdade. Não negue seus afetos, suas alegrias, suas vitórias e seus desejos, mas principalmente não negue sua dor. A gente só sai da tristeza quando se permite vivenciá-la”.
“Aproveite a viagem sem tentar entender cada passo. Nem tudo tem explicação lógica, e a vida, na maioria das vezes, é injusta mesmo - mas quem somos nós para julgar aquilo que é realmente justo? Então não fiquei olhando para o lado e tomando conta do que não lhe pertence. Ame o que lhe cabe e tolere as demoras, os percalços e as falhas. Não exija demais de si mesma nem dos outros”.
“Seja autêntica. Não endureça com medo de ter sua sensibilidade revelada nem se alegre demasiadamente para que não lhe percebam as lágrimas. Seja autêntica nos desejos, no descontentamento, na necessidade de ficar sozinha ou dizer ‘não’. Não se desdobre pra agradar todo mundo, isso é muito cansativo, desastroso e não lhe ensina o respeito por si mesma”.
“Tenha coragem de amar e ser amada. Mas não se surpreenda quando o amor lhe parecer imperfeito, cheio de nós, pontas e contradições. Nenhum amor é igual ao outro, e tentar algum modelo é desconstruir a liberdade de ser quem você é. Por isso, não tenha medo de romper a fronteira daquilo que lhe parece seguro. Siga pela estrada de tijolos amarelos e, quem sabe, além do arco-íris, encontrará a si mesma mais amadurecida e feliz”.
“A palavra é prata, o silêncio é ouro”
“A vida é barulhenta. Dentro ou fora de nós, nada se aquieta. (...) Sem perceber, desaprendemos a silenciar. Desaprendemos a suportar a voz que cala e sofremos com a falta de respostas. Desaprendemos a ser ausência. De vez em quando é necessário ser silêncio. Habituar-se à própria presença, inteirar-se de sua solidão. Comunicar tudo sem dizer nada. A gente vive certo porque errou um dia. E silencia quando entende que todas as palavras foram ditas. Porque de vez em quando aquilo que conserta é aquilo que cala ou ausenta. O nada que diz tudo. Quando o verbo é equívoco, o silêncio é corretivo”.
“Se você está cheio de barulho dentro de si, se seus pensamentos já não são mais seus e sim uma mistura daquilo que ouve, engole e não digere todos os dias; se seus sentimentos estão todos embaralhados e da boca só poderia sair desespero e desesperança, se seu amor-próprio ficou tão reduzido a ponto de só falar de suas carências, se tudo o que você quer é rastejar por mais uma chance, suplicar por mais uma mudança… então cale-se. Saia de cena e espaireça um pouco. Apenas respire… (...) Suportar o próprio silêncio - quando tudo o mais já foi dito - e sair de cena para a vida continuar, é quase como se curar de um vício”.
“A felicidade desperta mais inveja que a riqueza” - Francisco Azevedo
“Não é pecado ser feliz. Não há nada de errado em irradiar alegria. O perigo é usar isso para alimentar o ego. Felicidade e ego não combinam, e é aí que muita gente se dá mal. Felicidade é benção”.
“É da natureza da dor parar de doer”. - Caio Fernando Abreu
“O caminho de volta pode conduzir você ao mesmo lugar de onde partiu, mas você saberá lidar melhor com a situação”.
“Sobreviver é reconhecer novas chances, novos recomeços, novas possibilidades. Entender que uma janela se fecha enquanto uma porta se abre”.
“Existe sabedoria na descoberta de que tudo é imperfeito e trivial. Quando fazemos as pazes com a imperfeição dos dias, das pessoas, de nós mesmos, deixamos de nos sentir insatisfeitos; enfim relaxamos e aprendemos a contemplar o presente”.
“Almejando exclusivamente nosso final feliz deixamos de aproveitar a viagem. Ao imaginar a vida como um projeto de fortes emoções, beijos apaixonantes, música-tema de fundo, deixamos de nos alegrar com aquilo que é. Aquilo que simplesmente é”.
“A exigência da felicidade se tornou causa de infelicidade. Porque vivemos esperando, buscando, desejando… e esquecemos de usufruir. Usufruir do presente, da paz acolhedora que nos reconcilia com a vida e suas possibilidades. Vivemos esperando por dias melhores e esquecemos de admirar nossas conquistas diárias, aquilo que é possível”.
“Quando paramos de desejar o inatingível, de nos iludir com a grama do vizinho e tanta propaganda enganosa… finalmente amamos mais. Amamos nosso dia a dia cheio de altos e baixos; nossos afetos conquistados e nem sempre perfeitos; nosso trabalho cansativo que garante nosso sustento; nossa realidade imperfeita e tão particular”.
“A dor é inevitável, o sofrimento é opcional…” - Carlos Drummond de Andrade
“A menina que um dia fomos precisa entender que, às vezes, terá que descer a torre sozinha e tratar de ser feliz. E que dragões vão aparecer ao longo do caminho e ela terá que enfrenta-los com disposição e espírito guerreiro, entendendo que ninguém detém o poder da felicidade alheia”.
“A vida impõe pausas. Dá freadas bruscas no meio do caminho e, com sorte, nos permite reavaliar a rota, o trajeto, o cuidado com o equipamento”.
“Podemos querer muito alguma coisa, mas isso não garante que seja nossa. Podemos desejar muito um momento, mas isso não o torna possível. A perfeição das coisas, dos dias, dos acontecimentos… não nos pertence. Tudo faz parte de uma trama maior, na qual estamos inseridos, como linhas coloridas que se entrelaçam formando a tecelagem. Temos intenções, supomos nossas direções, conduzimos a ponta de nossas ‘agulhas’, mas o desenho final pode ser diferente do que imaginamos”.
“É preciso planejar sem grandes expectativas; acreditar, perdoando se não for possível; sonhar, somando esperança com otimismo; arriscar, sem culpa ou arrependimento. Entender, acima de tudo, que não somos culpados pelo acaso, por aquilo que não controlamos, por ventos súbitos que mudam nossa direção”.
“De vez em quando é necessário aceitar que nossa hora passou. Que daquela terra não brotará mais nada. É um choque de realidade, eu sei; mas só assim acatamos o que é verdadeiro. Só assim teremos disposição para o replantio. Só assim teremos coragem de olhar para a frente...de que jeito for”.
“É devastador descobrir que chegamos tarde demais. Que deixamos para depois o que nunca mais poderá ser realizado. Que adiamos nossa vida em busca do momento perfeito ou da hora ideal, sem perceber que a vida acontecia no aqui e agora; sem nos darmos conta de que o presente era precioso demais para simplesmente ser adiado”.
“A reinvenção da nossa história só depende da nossa vontade e coragem para dar o primeiro passo. Lamentar o que aconteceu faz parte - ninguém é de ferro! -, mas daí em diante, quem determina o espaço para a alegria ou tristeza somos nós mesmos”.
“Viver é aprender a conviver com as mudanças que ocorrem com o nosso consentimento ou não, e nos abalam por momentos estreitos ou demorados demais. Nem sempre estamos na mesma vibração dos acontecimentos que nos rodeiam, e pode demorar algum tempo até que percebamos que estamos no fim de uma história ou no começo de outra”.
“Isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é ainda vai nos levar além”. - Paulo Leminski
“Os mesmos olhos que têm piedade são capazes de julgar; o mesmo coração que ama destrói relacionamentos por ciúmes; a mesma consciência que perdoa não aceita o diferente. ‘A mesma mão que acaricia, fere e sai furtiva’”.
“O bonito da vida é perceber que somos feitos de silêncios e sons, e entender, além disso tudo, o quanto somos amados – e quanto ainda somos capazes de amar”.
“Todo ser inanimado passa a ter alma no momento em que se lhe imprime afeto. As coisas também aspiram a uma existência sensível”.
“Um música, um amor, um filme, uma prece, um pôr do sol. Tudo são bênçãos, oportunidades de você se reconectar e encontrar motivos para ser feliz. Se saudades, sem melancolia. De um jeito que te dá forças para continuar escolhendo, seguindo em frente, deixando para trás”.
“Mesmo que seu coração tenha sido quebrado em mil pedaços, uma hora você perceberá que é capaz de amar de novo, e, se tiver sorte, amará melhor”.
“O tempo molda as pessoas de formas diferentes, e algumas endurecerão ainda mais com o passar dos anos. Nem todo mundo aprende, não importa quantos tombos leve”.
“Há o medo: de avançar e cair. De chegar e se arrepender. De evoluir e não estar pronto. De querer e não obter. Então nem ousamos dar o primeiro passo - como se o erro fosse o fim. Mas nos esquecemos de que o erro é apenas o começo. O início. É o que nos faz ir mais longe, além da dúvida, além de nossas fragilidades... Além de nós mesmos”.
“A ignorância é uma gaveta fechada cuja chave não possuímos. E determina um período em que você tem que dar graças por estar vivo, em segurança, de alguma forma feliz e em paz. Enquanto não possui as chaves, não precisa lidar com o interior”.
“Adiamos nossas arrumações interiores porque é mais fácil ignorar nossas falhas e desordens, nossa inabilidade de lidar com o que quer que seja”.
“Somos coautores da vida que nos pertence, com todas as boas e más notícias. Com sorte, aprendemos a mergulhar. A reparar nossos erros. A levantar depois do tombo. A subir à superfície para respirar. A encontrar novos jeitos de sobreviver”.
“A ignorância é uma bênção, mas a verdade sempre nos alcança. Independentemente da maneira como você deseja que seja, a existência se encarregará de lhe entregar as chaves. E invariavelmente terá que usá-las - quer queira ou não. E, assim, assumir sua vida”.
“Fé é não saber, e mesmo assim, crer. Crer na imprevisibilidade da vida, que tece um ponto aqui e arremata lá na frente. Crer no encontro, na inexplicável certeza de que alguns caminhos tinham que se cruzar - para o bem ou para nosso crescimento. Crer mesmo não enxergando… confiar e acreditar na estrada mesmo quando a neblina encobre todo o caminho. Crer que o fato de estar no lugar certo, na hora exata, pode ser chamado ‘sorte’, mas não deixa de ser providência. Acreditar que coincidências podem ser eventos aleatórios que nos conduzem a um propósito”.
“Quanto mais aceitarmos o que é - no lugar do que pensávamos que era - mais fácil superamos, e descobrimos nosso lugar. A vida é prova. E as questões são específicas para seu aprimoramento. Suas dores e decepções, seus revezes, desvios e sustos fazem parte do pacote. Errar faz parte; deixar em branco anula quem você pode vir a ser”.
“Não há nada no mundo que conforte mais a alma do que se sentir em casa”.
“Ser livre é mérito dos que têm coragem. Uma conquista dos que rompem o vínculo com a culpa e experimentam suas próprias leis - já que a liberdade é almejada, mas também complicada”.
“Liberdade não é para amadores ou para quem não se conhece. Ao contrário, é coisa de gente séria, que se arrisca com responsabilidade e tem coragem de avançar e de recuar também, de quem percebe a agitação do mar e não vacila com a própria vida. Pois ser livre não tem a ver com se atirar descontroladamente, e sim, se conhecer, aprofundar no mistério que habita e entender de si mesmo sem julgar; não apenas surfando na superfície da vida, mas também procurando respostas, encontros, disposições”.
“É preciso duvidar para depois acreditar. Entender o que se deseja para então desejar. Conhecer o que te completa, te limita, te faz feliz para assim descobrir o caminho. Não seguir o padrão, mas entender seu jeito único de ser. Não invejar os que se agitam no mar quando lá no fundo você não suporta areia e sal. Descobrir que se é livre para ser você mesmo ainda que esteja num relacionamento de anos e não saiba mais quem é de fato. Entender-se único, capaz, merecedor. Acreditar que sempre é possível recomeçar - nos afetos, nos projetos, nas novas formas de ver a vida - e que podemos ter boas surpresas em qualquer estágio da jornada”.
“Conviver com a falta faz parte do ser humano; perceber-se sozinho, também. Crescer é aprender a conviver com os pedaços que permanecem sem encaixe, com o buraco que todos possuímos, com a escassez de peças que formam esse quebra-cabeça incompleto que é a vida”.
“Imaginar a própria vida como um quebra-cabeça em que as peças faltantes limitam ou impedem o significado de todas as outras é submeter a existência àquilo que está fora dela; é reduzir a felicidade ao complemento de outros encaixes, quase nunca viáveis ou possíveis. Viver esperando que algo ou alguém venha nos completar e milagrosamente sanar os vazios que nos preenchem é autorizar que a falta seja aquilo que nos define mais. Estacionar diante de um quebra-cabeça com fragmentos ausentes e insistir que precisa do quadro pronto para ser feliz é desconstruir a possibilidade de seguir adiante. De vez em quando um ‘deixa pra lá’ faz milagres e nos liberta a prosseguir tentando um arranjo novo, nem sempre perfeito, mas invariavelmente possível”.
“Somos tão precários que buscamos nos outros aquilo que falta em nós. E falta tanta coisa. E exigimos tanto. E temos tanta pressa. Queremos ser curados de nossas incompletudes. Curados de nossas precariedades. E quanto mais precários, mais exigentes. Coisa estranha essa, não? Nada nos completa porque nem nós mesmos nos bastamos”.
“Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa.” - Luis Fernando Veríssimo
“Se você vive contabilizando, comparando, enchendo de regras aquilo que nem chegou a ser uma relação, melhor desistir. Amor leva tempo e pouco entendimento para ser construído”.
“O que importa não são os tombos que você leva, e sim como você reage a eles”.
“Tudo o que você tem na vida pode ser tirado de você, exceto uma coisa, sua liberdade de escolher como você responderá à situação”. - Viktor Frankl
“Quando nos aceitamos, estamos prontos para a mudança e, por mais paradoxal que isso pareça, a mudança não nos torna diferentes de quem somos, e sim parecidos com quem realmente somos”.
“Às vezes, uma história ruim é gatilho para os bons enredos que estão por vir. E por mais que se lamente o que aconteceu, a liberdade - e responsabilidade - de virar a página cabe somente a nós”.
“Cabe a nós dar remédio àquilo que nos dói. Não há culpa nem culpados, apenas situações que permitimos que aconteçam ou não”.
“É difícil aceitarmos nossas incompletudes. E nos habituamos a escondê-las, como se fossem defeitos. Não são”.
“Passamos muito tempo flertando com a perfeição e pecamos por excesso de soberba. Temos dons, mas somos falíveis. Temos que reconhecer nossos limites, aquilo que não nos cai bem, o que não é do nosso feitio. Por que essa pretensão de querer dar conta de tudo? Sigamos em frente com humildade, reconhecendo que um simples ‘não consigo’ não é sinal de fraqueza, e sim de maturidade”.
“Se cada qual se colocasse no próprio lugar, haveria mais espaço pra todo mundo aprender - cair e se levantar - respirar, evoluir, viver. (...) Não imagine seu lugar fora daquele que lhe foi reservado. Desacostume-se com frases do tipo ‘no seu lugar…’, pois quem diz isso não imagina, nem de longe, o que é ser o outro”.
“Queixamo-nos da falta de tempo quando nos dedicamos demais ao desnecessário”.
“Tome posse de seu governo e vá em busca de suas respostas. Nada pode lhe perturbar se você não permitir. O que mais te incomoda não está fora, e sim dentro de você. Viaje para dentro de si mesmo e encontre riquezas por trás das aparentes clarezas”.
“Não dependa dos outros para ser feliz nem ampare seus desejos nas circunstâncias alheias - a frustração vem a galope. Respeite seus limites e proteja seu espaço. (...) Tome posse de si mesmo. Seja firme, positivo, centrado. Assine, carimbe e autentique tudo aquilo em que tem fé. Assuma, principalmente, a fé em si mesmo”.
“Nossas utopias nos dizem mais sobre nossas vidas vividas e suas privações do que sobre nossas vidas sonhadas…”. - Adam Phillips
“Somos os únicos responsáveis pelas vidas que vivemos e pelas que deixamos passar. Não nos cabe acusar nada nem ninguém por aquilo que não tivemos coragem de assumir ou mudar”.
“Não há satisfação sem conflito, nem desejo sem falta. Então a falta e a frustração são essenciais para uma vida satisfatória e, portanto, perfeita. Desse modo, nossas vidas não vividas é que fazem nossa vida real ser prazerosa, pois em certo grau, a frustração nos dá direção. E por mais que seja nobre ser e estar grato, temos que agradecer a Deus por não termos tudo. Agradecer aos céus por ainda vivermos incompletos e carentes. Em maior ou menor grau, precisamos nos sentir frustrados para que ainda possamos seguir adiante”.
“Existem sonhos e fugas. Saber diferenciá-los e buscá-los define quem somos de verdade. No fundo o que precisamos é de coragem. Coragem para assumir o quão pequenos somos, e saber lidar com essa pequenez, essa falta, essa imperfeição”.
“Você é responsável pelo lugar em que está. E muitas vezes não adianta mudar a paisagem, escalar muros, atravessar desertos, transpor oceanos. O que se busca não está fora, mas dentro. Depende de você. Somente você”.
“Poderíamos ser bem mais felizes se apenas usufruíssemos da vida que Deus nos deu - como prova de amor - sem receio de levantar e cair, sem medo de que nossa vida vire de cabeça pra baixo se o outro optar por uma forma de viver que julgamos incorreta, sem enxergar maldade onde há apenas escolha, sem dar nomes obscuros ao que a gente desconhece. Precisamos de trégua; de olhar para o próximo com mais amor e tolerância, sem achar que algumas maneiras (diferentes das nossas) de ver o mundo podem contaminar nossos filhos ou as gerações que estão por vir. Trégua pra aceitar as diferenças, abraçar o desconhecido e enfrentar os tabus”.
“O medo também conduz e massacra em nome de uma verdade pura e intocável. Muitos cristãos - que como o nome diz, deveriam seguir os ensinamentos de Cristo - ainda têm dificuldade de aceitar os preceitos que esse mesmo Cristo propagou durante sua existência, e colocam restrições a um dos maiores mandamentos: ‘Amar ao próximo como a ti mesmo’, caso esse próximo não se enquadre naquilo que ele julgue certo, ou melhor dizendo, ‘do lado do bem’. E se indignam com mudanças, com o novo que chega”.
“Mudanças. Ninguém disse que seria fácil assimilá-las. Porém, é a única maneira de não retroceder. O único jeito de descobrir que existem outras formas - diferentes, e nem por isso erradas - de enxergar uma mesma situação. Só temos que estar dispostos. Dispostos a abrir mão de nossas convicções e aprender a enxergar com o coração, percebendo que nem tudo é negativo; e muito daquilo que julgamos difícil de entender, está aí para nos ajudar a evoluir”.
“A última palavra é sempre da Natureza: ela pouco se importa com nossos sonhos de perfeição ou beleza estética”. - Marcelo Gleiser
“Tentar uma conexão com a Verdade é uma busca corajosa, que implica deixar antigas concepções de lado, romper vínculo com o conforto, e se arriscar numa profunda e dolorosa mudança de perspectiva”.
“O mundo da gente começa a morrer antes da gente… e a gente tem que continuar…”.
“A gente aprende que ter que continuar é muito mais que traçar um caminho que justifique nossa esperança por dias melhores. É saber deixar para trás com sabedoria, entendendo que a vida é constituída de muitas histórias, e finalizar um capítulo não significa dar fim ao que somos”.
“O nosso mundo começa a morrer antes da gente, e aceitar nossa responsabilidade em deixar o mundo se modificar, se despedir ou se transformar requer coragem. Coragem de romper com modelos antigos do que fomos e assumir com maturidade novas versões, muitas vezes melhores, de nós mesmos”.
“De vez em quando nos habituamos a antigos nós. Preferimos a dificuldade do que é conhecido à facilidade de novos e perfeitos voos. Desdenhamos a felicidade como quem se empenha em ser infeliz, e construímos muros para nos proteger da vida que chega trazendo ares de esperança e novidade. Preferimos nos refugiar no que é conhecido, e nem sempre melhor”.
“O mundo da gente começa a morrer antes da gente, mas o futuro também guarda boas surpresas, e o que se pode chamar de ‘nosso mundo’ não existe só no passado, mas na realidade que construímos diariamente e que somente nós podemos lapidar”.
“O que ninguém nos tira: a capacidade de nos recriarmos em qualquer tempo. A alegria de nos percebermos resistindo, apesar de tudo. A satisfação de percebermos nossa coragem. E finalmente, a paz de nos aceitarmos por inteiro”.
“Desconstruindo a perfeição nos tornamos mais humanos, mais próximos uns dos outros. Dando o grito de liberdade, aceitamos a nós mesmos como somos, nos perdoamos, deixamos de ter um olhar moralista sobre a identidade escondida dentro de nós, descobrimos que não somos culpados pela maioria das misérias a nós atribuídas. Enfim amadurecemos. Amadurecemos quando nos libertamos da aprovação alheia para nos sentirmos felizes, confortáveis ou protegidos. Quando deixamos de ter medo de nossas fragilidades e aceitamos olhar para elas do mesmo modo que nos vangloriamos de nossas virtudes”.
“Amadurecemos quando aprendemos que a vida é composta de acertos e desacertos, e nos permitimos errar. E depois de reparar nossas faltas, nos perdoamos e seguimos em frente”.
“Amadurecemos quando começamos a trilhar um caminho de transparência e fidelidade aos nossos sentimentos”.
“Amadurecemos quando entendemos que somos os únicos responsáveis por nossas vidas e deixamos de culpar os outros por nossos fracassos, frustrações ou sonhos não realizados. Quando entendemos que não adianta depositar nossas expectativas em ninguém, cada pessoa enxerga a vida à sua maneira e não é certo cobrar algo que tem valor relativo para cada um”.
“Amadurecemos quando deixamos de ter preconceitos contra nossa própria história, assumimos nossas imperfeições ou o que se fez imperfeito em nós, e paramos de apontar no outro aquilo que tentamos esconder em nós mesmos”.
“Amadurecemos quando entendemos que a vida é um conjunto de bem e mal, certo e errado, belo e feio, alegrias e tristezas, e passamos a conviver bem com os dois lados, sem negociar uma escolha definitiva”.
“Amadurece quem percebe que o sofrimento faz parte do caminho, e que ele é bem-vindo também quando nos ensina o sentido da paciência e da aceitação diante das demoras e reveses da vida”.
“Ninguém pode consertar ninguém... Remendos fazem parte do pacote, e não dá para transformar uma colcha de retalhos num edredom dupla-face”.
“Amor não mata, não destrói, não nos torna tristes ou piores - para nós mesmos. Amor é quando você atravessa portas escancaradas, nunca meio abertas, nunca meio trancadas, meio na dúvida. Quem ama oferece chaves, faz do relacionamento um templo”.
“Maltratar o coração alheio é a chave para mantê-lo pulsando - angustiado e confuso. Tem gente sinalizando que se importa, quando na verdade não dá a mínima. Tem gente fingindo que esqueceu, mas no fundo ainda se interessa em excesso. Tem gente dizendo que ama, quando apenas se acomodou na rotina do amor. Tem amor transbordado fingindo indiferença. O que se quer é um sinal vermelho quando o amor acaba ou verde intenso quando ele deseja ficar. Para o bem ou para o mal, há que se ter clareza, definições, pingos nos is. Que feche as portas sem ensaiar recaídas, que se defina com esperanças ou sem elas. Que possibilite novos rumos, voos livres… ou que prenda de uma vez”.
“Criamos o hábito de nos ferir. Nos acostumamos com aquilo que faz mal e perdemos tempo com o que não acrescenta. Vivemos de aparências para que ninguém perceba o quão incomodados estamos”.
“Se não quiser adoecer, não viva de aparências. Quem esconde a realidade, finge, faz pose, quer sempre dar a impressão de estar bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho, etc, está acumulando toneladas de peso… uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor” - Drauzio Varella
“Você só deve satisfações a quem de fato importa. Aprenda a não expor suas dores e delícias de graça nem espere entendimento ou retribuição de onde não existem. Seja leve, diminua as poses e agrade sua alma. Selecione seus afetos e não acumule dívidas com seu interior”.
“Esqueça algumas pessoas. Nem todo mundo merece destaque na sua vida, e manter todos por perto despende energia demais. Não perca tempo tentando entender. Algumas coisas simplesmente não têm explicação. Ore por aqueles que ama, entregue seus caminhos a Deus e espere que Ele tome conta. Você não tem controle sobre tudo. E acima de tudo, se vale algum conselho, cuide do que é seu”.
“Repetimos padrões, acostumados ao que denominamos ‘nossa história’ - ao que acreditamos que ainda nos defina ou dê forma. Porque somos programados a permanecer naquilo que é conhecido: nossa vida, nossa rotina, nosso mundo, nosso passado... Mas o que nos faz recomeçar é o inesperado. Sempre é”.
“Os milagres acontecem sempre na vida de cada um e na vida de todos. Mas, ao contrário do que se pensa, os melhores e mais fundos milagres não acontecem de repente, mas devagar, muito devagar…”. - Paulo Mendes Campos
“Desconecte-se daquilo que não te traz alegria, renove seus votos com o presente e cultive seus canteiros com flores recém-colhidas, sem ervas daninhas… Não supervalorize o passado, sua história, seus traumas, sua dor de cotovelo. Todo mundo tem feridas, todo mundo leva tombos, cada um sabe o que traz na bagagem. Tenha, sim, coragem de valorizar seus milagres, aquilo que é real e palpável, o terreno onde pisa, as mãos entrelaçadas às suas. E acredite. Só assim é possível seguir em frente, com passaporte novo, com a identidade atualizada”.
“Preferimos ciscar em nossa zona de conforto a ousar novos contornos. Nos amedrontamos diante de novas possibilidades e construímos círculos fechados onde podemos nos refugiar em segurança. Inventamos desculpas que nos convencem de nossa pouca habilidade e capacidade de sermos melhores ou mesmo diferentes, simplesmente porque não sabemos lidar com a quebra da rotina ou com a exploração de novos terrenos.
“É preciso uma boa dose de cara de pau ou coragem de nos expor, se quisermos existir de verdade”.
“Que possamos nos deixar em paz. Que haja coragem de dar o primeiro passo, reconhecendo pouco a pouco que somos capazes de enfrentar os desafios sem medo dos tropeços que acontecem na vida de todos. Que possamos romper a barreira do medo e da falta de esperança, descobrindo que também carregamos bençãos, dons que recebemos e poucas vezes temos a coragem de explorar. Que haja fé, esperança e otimismo, por uma vida de menos desculpas e mais realizações”.
“Nunca será tarde demais para começar. A vida começa quando você se cuida”.
“Todos têm sua dança pra dançar. E por mais tentador que seja querer dançá-la com um par, ou vários, essa dança é só nossa. A capacidade de se conduzir e se virar conforme a música é adquirida com o passar do tempo, entendendo que nem todos os passos são possíveis, pois a vida, ainda que seja nossa maior aventura, é limitada. Aceitar os limites e acatar as perdas, dores, turbulências e desistências com generosidade é avançar nessa coreografia cheia de erros e acertos, surpresas, desejos, alegrias e tropeços que compõem a existência”.
“Existimos no amor que damos, na saudade que deixamos, na falta que fazemos, nos sonhos que povoamos, no desejo que despertamos, na raiva que provocamos, na preocupação que causamos, no mistério que não revelamos, na alegria que irradiamos. Existimos naqueles que amamos, nas relações - entre amantes, pais e filhos, amigos - que estabelecemos”.
“Existir em alguém é ser lembrado num dia difícil ou demasiadamente feliz; é ser recordado com ternura e por um segundo ser o ideal de perfeição daquilo que sempre se almejou; é ser gostado gratuitamente, sem exigência de reciprocidade ou retorno; aceito nas imperfeições e manias, sem cobranças ou condições. É ser prece no meio da noite; nome escrito na areia, caligrafia primária envolta em corações coloridos, canção que leva às lagrimas e alguma saudade - do que foi vivido ou nunca aconteceu”.
“Crescer. Ninguém disse que seria fácil. Optar por um caminho em detrimento de outros. Definir nossas escolhas, deixar aquilo que não virou opção. Renunciar, dar fim a um tempo que se esgotou. Nunca é fácil, mas pode ser simples se você aprender a perder. A entender que finais felizes - cem por cento felizes - não existem, e isso de você achar que sua vida não está boa agora, acontece com todo mundo, e é assim mesmo”.
“Na vida real não são só os vilões que perdem. Pessoas do bem e de boa índole perdem o tempo todo, e é assim que crescem, evoluem, amadurecem”.
“Só é preciso uma pessoa para finalizar qualquer capítulo: você mesmo. Então não adie sua vida e peça a Deus que cure as mágoas - pois essa é a parte mais difícil”.
“Acredite: os finais nunca são eternamente felizes como na TV. São felizes na medida do possível, do jeito que podem ser. E quando a gente entende que perder - qualquer coisa - liberta, a gente relaxa. E percebe que ter responsabilidade não é tão difícil assim, pois quem costura as histórias e arremata o ponto-final é você”.
Texto e Imagem: Google
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