Cem anos de solidão


Título original: Cien años de soledad
Autor(a): Gabriel García Márquez
Ano da edição: 2016
Editora: Record
Gênero: Romance 
Catalogação: Romance Colombiano
Sinopse: "Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendia havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer a fábrica de gelo"... Com essa frase antológica, García Marquéz, Prêmio Nobel de Literatura de 1982, introduz a fantástica Macondo, um vilarejo situado em algum recanto do imaginário caribenho, e a saga dos Buendia, cujo patriarca, Aureliano, fez trinta e duas guerras civis... e perdeu todas. García Marquéz já despontava como um dos mais importantes escritores latino-americanos, no início da década de 1970, quando "Cem anos de solidão" começou a ganhar público no Brasil. O livro causou enorme impacto. Na época, o continente estava pontilhado de ditaduras. Havia um sentimento geral de opressão e de impotência. Então, essa narrativa em tom quase mítico, em que o tempo perde o caminho, em que os episódios testemunhados e vividos acabam se incorporando às lendas populares, evoca nos leitores uma liberdade imemorial, que não pode ser arrebatada. E tão presente. Tão familiar e necessária. Em Macondo, os mortos envelhecem à vista dos vivos e os anjos chegam, sempre, em dezembro. Entretanto, García Marquéz nunca aceitou que suas narrativas fossem rotuladas como fantasia. Talvez porque isso exilasse Macondo num outro mundo, que nem a solidão ou a liberdade pudessem alcançar. "Cem anos de solidão" é a mais pura história do povo latino-americano. Mas ultrapassa o momento e expõe a alma dessa história - ou como é vivenciada.

TRECHOS EXTRAÍDOS NA LEITURA DO LIVRO 
“Nós, os inventores de fábulas que acreditamos em tudo, nos sentimos no direito de acreditar que ainda não é demasiado tarde para nos lançarmos na criação da utopia contrária. Uma nova e arrasadora utopia da vida, onde ninguém possa decidir pelos outros até mesmo a forma de morrer, onde de verdade seja certo o amor e seja possível a felicidade, e onde as estirpes condenadas a cem anos de solidão tenham, enfim e para sempre, uma segunda oportunidade sobre a terra”. 
“A fama perturba o sentido da realidade, talvez quase tanto como o poder. E além do mais, é uma ameaça constante à vida privada. Infelizmente, ninguém acredita, até padecer esse calvário”. 
“O poder absoluto é a realização mais alta e mais completa do ser humano, e por isso resume ao mesmo tempo toda a sua grandeza e toda a sua miséria”. 
“A solidão do poder se parece à solidão da fama, e a estratégia para manter o poder é muito parecida à estratégia para se defender a fama. A grande pergunta, tanto no poder como na fama, é em quem acreditar”. 
“O problema de escrever memórias é que quando somos jovens não temos muito para lembrar, e depois que envelhecemos não lembramos de quase nada”. 
“Em qualquer lugar que estivessem deveriam recordar sempre que o passado era mentira, que a memória não tinha caminhos de regresso, que toda primavera antiga era irrecuperável, e que o amor mais desatinado e tenaz não passava de uma verdade efêmera”. 
“As coisas têm vida própria, é só questão de despertar suas almas”. 
“A gente não é de lugar nenhum enquanto não tem um morto debaixo da terra deste lugar”. 
“Os mortos não voltam, a gente é que não dá conta do seu peso na consciência”. 
“Chegaram a suspeitar que o amor podia ser um sentimento mais repousado e profundo do que a felicidade exaltada, mas momentânea, de suas noites secretas”. 
“Os filhos herdam as loucuras dos pais”. 
“Que estranhos são os homens. Passam a vida lutando contra os padres e dão livros de orações de presente”. 
“Morrer é muito mais difícil do que se acha”. 
“O segredo de uma boa velhice não é mais que um pacto honrado com a solidão”. 
“A gente não morre quando deve, mas quando pode”. 
“Um minuto de reconciliação tem mais mérito que uma vida inteira de amizade”. 
“O amor de um jeito derrotava o amor do outro jeito, porque estava na índole dos homens repudiar a fome uma vez satisfeito o apetite”. 
“O mundo terá se fodido de vez no dia em que os homens viajarem de primeira classe e a literatura no vagão de carga”. 
“As estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda chance sobre a terra”.
Texto e Imagem: Google 
📚 Biblioteca de Terceiros

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