Autor(a): Fabíola Simões
Ano da edição: 2020
Editora: Faro Editorial
Gênero: Autoconhecimento
Catalogação: Crônicas Brasileiras
Sinopse: Neste livro, a autora do blog "A soma de todos os afetos" mostra porque arrebata seguidores pelas redes sociais. São mais de 2,5 milhões de fãs no Facebook e mais de 150 mil no Instagram. Com crônicas que abordam os amores e as dores da vida real, Fabíola reflete sobre a importância de levarmos uma vida mais leve, de não se cobrar perfeição, de descansar entre momentos apressados, ser gentil com os outros e consigo mesmo. "Deixei meu coração em modo avião. Hoje não quero criar expectativas, controlar o que não posso, me culpar por aquilo que não depende só de mim". Através do olhar doce e observador, a autora reflete sobre como podemos aprender a esperar o momento de agir, da dor amenizar, da ferida sarar e da saudade deixar de doer. Este livro fala ao coração de uma forma única e especial e faz um convite, deixar o coração se acalmar e esperar que a vida te surpreenda.
TRECHOS EXTRAÍDOS NA LEITURA DO LIVRO
“A experiência de estarmos vivos é muito mais que nos relacionarmos com a superfície da existência. É, antes de tudo, ousar ir de encontro ao próprio silêncio, ao próprio mistério, ao próprio enigma. É estar disposto a deparar-se com a própria face incompreensível, aquela que anda de mãos dadas com o incompreensível do mundo”.
“Ao perder o medo dos próprios abismos, que possa decidir que é chegada a hora de deixar seu coração em modo avião: desconectado de tudo o que tira a sua paz e vinculado ao que realmente importa”.
“Deixei meu coração em modo avião. Hoje não quero criar expectativas, controlar o que não posso, me culpar por aquilo que não depende só de mim. Desisto de procurar sinais nas entrelinhas, esperar reciprocidade, exigir respostas. Quero a paz de não saber tudo, a tranquilidade de não controlar quase nada, a bonança de não sofrer por antecipação, a calmaria de não esperar nada de ninguém além de mim mesma”.
“Deixei meu coração em modo avião. Hoje quero me despedir das dores que de tão presentes viraram amigas, das mágoas que perderam o prazo de validade, dos pesos desnecessários que atrasaram minha marcha. Quero me vestir de perdão, absolver as causas dos meus tropeços, arejar meus ressentimentos, libertar minha culpa”.
“Tenho pressa de ser feliz e preguiça de sofrer por miudezas. Desejo bagagens leves, com rodinhas ultradeslizantes, e todos os dias escolho a mim mesma, sem máscaras, fingimentos, disfarces ou ilusões. Escolho a mim mesma com todas as dificuldades e imperfeições, com todas as certezas e divagações, com todas as coragens e aversões”.
“Chega o momento em que você descobre seu valor, e se dá conta de que por trás da sua maluquice, esquisitice e contradição, há alguém que já não pode mais autorizar ser classificado pela fachada. Alguém que amadureceu e fez pactos com o amor-próprio, com a superação dos traumas e decepções, com a cura das mágoas e aflições”.
“Depois de algum tempo, você só quer um relacionamento sério com a sua paz. Você já não se esforça tanto por amizades sem reciprocidade, e não sofre em demasia por aqueles que não querem seguir a estrada ao seu lado. Não força chaves em fechaduras erradas nem tenta calçar sapatos que não lhe servem mais. Aprende a se preservar, a não abrir seu coração para qualquer um, a não dar ouvidos a julgamentos superficiais. Tem convicção de tudo aquilo de que é capaz, e, principalmente, põe ponto-final em tudo o que tira a sua serenidade”.
“Há momentos em que a gente só consegue encontrar harmonia, equilíbrio e paz estando sozinho. Descobrindo que a ausência de barulho, agitação, burburinho e efervescência nos reconecta com o que existe de mais verdadeiro em nós. Autorizando que a vida também seja feita de quietude, mansidão, doçura e serenidade”.
“Há momentos em que temos que procurar o tipo de cura e paz que só pode vir da solidão” - filme Comer, rezar, amar
“Somente aqueles que cresceram e amadureceram sabem o gosto amargo da solidão doída do abandono e da rejeição. Mas também aprenderam a reconhecer e distinguir a outra solidão, aquela que traz conforto e paz. A solidão boa, que não proporciona dor nem pesar, mas nos reconcilia com a alma cansada e permite seu restabelecimento e cura”.
“A solidão escolhida é muito mais que uma necessidade de não estar rodeado de gente. É a descoberta madura de que somos seres caminhantes, e alguns percursos são só nossos, de mais ninguém. Adiar essa possibilidade nos afasta do crescimento e da cura, e não nos ensina a resistir nas horas mais silenciosas e desertas. É preciso gostar de ficar um pouco sozinhos se quisermos ser boas companhias”.
“A felicidade não precisa ser sempre povoada, e sim também tecida de espiritualidade, inspiração, calmaria e reflexão…”.
“Com paciência e fé em Deus, não é preciso fazer tempestade em copo d’água”.
“Maturidade é conquista, mas também disposição. Disposição em se cobrar menos e viver mais, aprendendo a dar menos importância ao que não acrescenta e valorizando o que é real e provido de sentido”.
“Que a gente possa amadurecer com o coração tranquilo, ciente de que fez tudo o que podia. Que haja riso, parceria e poesia. Que não falte respeito às diferenças e fé diante das adversidades. E que, ao final de tudo isso, possamos olhar pra trás e perceber, admirados, que enfim crescemos”.
“Às vezes leva tempo pra gente perceber que entendeu tudo errado. Que esteve procurando se sentir confortável na presença da dor, porque ela é mais certa e segura que a cura. Que desejou pouco da vida para evitar a frustração. Que não deu bandeira da felicidade pra não atrair negatividade. Que escolheu não se curar da falta para não se sentir vazio. Que preferiu gostar de alguém que não devolvia o amor na mesma medida para se defender de relações mais profundas. Que não quis entregar seu coração com sinceridade para não sentir vulnerabilidade”.
“Não estar no mesmo lugar que seu coração é nunca estar em casa”. - Autor desconhecido
“Cabe a você dizer ao coração que há lugares que deixaram de existir, lugares que só sobreviveram na memória, lugares para os quais você está impossibilitado de voltar. Só assim você estará alinhado com sua paz. Apenas desse jeito você se sentirá confortável. Só dessa maneira você finalmente descobrirá que de vez em quando é necessário ativar a chave do esquecimento para se desligar de algumas coisas e se conectar de verdade com aquilo que realmente importa…”.
“Adoro a expressão ‘quem te viu, quem te vê’. Pois a vida surpreende e o tempo recompensa. E aqueles que tanto nos julgaram podem se espantar ao ver aonde chegamos. Aqueles que nos rejeitaram podem se assombrar com nossa volta por cima. Os que quiseram nos brecar podem ficar pasmos ao assistir à concretização de nossos sonhos”.
“Um dia agradeceremos aos tombos e tropeços. Seremos gratos à falta de chão e às puxadas de tapete. Celebraremos as dificuldades e recusaremos o papel de vítimas. Pois entenderemos que, se não foi possível recusar as dores, acabamos amadurecendo com elas. Se não foi possível evitar os dramas, acabamos evoluindo com eles”.
“A vida é um enorme leque de possibilidades e promessas, e temos que aprender o jeito certo de reagir, de não perder a delicadeza mesmo que estejamos feridos, de recomeçar, de sermos doces. E descobriremos que a dor do abandono nos trouxe uma lucidez alarmante, uma admiração completa por nós mesmos e uma capacidade assombrosa de ressignificar as coisas”.
“Por algum motivo, de vez em quando a gente aceita ilusões que nos garantem algum bem-estar momentâneo, mesmo que isso nos afaste da verdade, da compreensão da vida e de suas imperfeições”.
“Quando nos refugiamos em ilusões, não adquirimos compreensão da vida. E compreender a vida, com tudo de bom e ruim que nela existe, aceitando e tolerando aquilo que nos desaponta, decepciona e até destrói um pouquinho, é o que nos faz crescer. É o motor que nos impulsiona para a frente, e nos faz entender que não podemos trair a pessoa corajosa que temos a vocação de ser”.
“Por vezes as pessoas não querem ouvir a verdade, porque não desejam que as suas ilusões sejam destruídas”. - Nietzsche
“Se ficamos estagnados na negação, enxergando apenas o que queremos ver, e não o que está bem à nossa frente, não evoluímos, não subimos degraus, não compreendemos, não agimos de acordo com a realidade, não seguimos em frente”.
“Quando você se refugia na negação, você se aprisiona. E não dá chance aos recomeços. Porém, quando você rompe com a negação e decide enxergar as coisas exatamente como elas são, você se autoriza a virar o jogo; a transformar a realidade; a ter outro tipo de vida, de relacionamento, de situação. E só assim descobre que é capaz, que tem coragem, que pode suportar e reiniciar seus passos sem dor, sem desespero, e com muito mais amor”.
“Sem perceber, exigimos que tudo funcione na velocidade de nossa ansiedade, de nossa expectativa, de nossa pressa. Porém, a pressa nos rouba do momento presente. É excesso de futuro, de medo e de expectativa”.
“Peço a Deus que acalme a minha pressa. Que eu faça morada no presente e não me afobe com excesso de futuro. Que eu possa aproveitar a companhia dos que estão perto de mim, e não me torture com a falta de notícias dos que estão longe. Que cada espera tenha seu peso e sua medida, e que eu não me desgaste aguardando por aquilo que não merece ser aguardado. Que eu não tenha pressa de me curar nem de mostrar aos outros que superei, mas que eu seja carinhosa com meu tempo e minhas dores. Que a urgência de ser feliz não me faça acelerar a felicidade a ponto de perdê-la, e que, quando eu peneirar minhas vivências, não deixe as alegrias escoarem pelos vãos nem as mágoas serem retidas na trama. Que a leveza me alcance, e com ela a capacidade de perdoar a corrida dos ponteiros do relógio e o entendimento de que nada é tão urgente quanto o momento presente”.
“Às vezes a gente se engana. Perde tempo e energia travando batalhas intermináveis com os traumas do passado, com as rejeições que sofremos, com as decepções que tivemos. E não percebemos que uma vida bem vivida é feita de peças que têm encaixe, ao lado de pessoas que nos querem bem, experimentando sensações que nos deixam em paz.
“Às vezes a vida nos frustra de um modo inimaginável, mas, antes de insistir naquilo que não nos cabe, é importante que saibamos qual lugar queremos ocupar”.
“Precisamos desistir de alguns sonhos, lugares e pessoas se quisermos o melhor para nós mesmos. A vida é feita de ciclos, e a melhor maneira de seguir em frente é com a bagagem leve, fácil de carregar”.
“Que o vento me ensine a deitar no colo do Pai e deixar que Ele tome conta de mim. Que eu tenha paz. Quero aprender a fechar os olhos e confiar. A deixar de querer controlar tudo. A esvaziar minha casa, meu guarda roupa, minha agenda e meu espírito daquilo que é excessivo e desnecessário. E que, restaurada por repentina leveza, eu possa ignorar o que não acrescenta e valorizar o que realmente importa…”.
“O que a vida quer de nós é coragem; não uma coragem destemida e audaciosa, mas sim uma coragem sensível e gentil, amparada na busca das alegrias miúdas nem sempre férteis ou fáceis de encontrar, e na capacidade de resistir e sorrir, ainda que a história do momento não seja a que queríamos contar”.
“Mesmo que tenhamos nossas promessas descumpridas, é preciso perdoar a vida e nos sentir perdoados por ela”.
“Abençoados os que perdoam a imperfeição da vida. Os que não vivem ressentidos, nem blindados, nem desistem da alegria só porque ela tirou alguns dias de férias. Abençoados os que se sentem perdoados. Os que se sentem amparados por Deus mesmo que a história que vivem não esteja sendo contada da forma que desejavam”.
“O modo como decidimos encarar as perdas determinará nossa qualidade de vida. Podemos decidir que 'perdemos', ou podemos determinar que 'aprendemos'. Cabe a cada um de nós dar sentido ao que foi desconstruído, quebrado ou rompido e autorizar que o riso substitua o pranto, que as lágrimas deem lugar a um entendimento novo acerca de nós mesmos e da forma como queremos usufruir a vida daqui pra frente”.
“Todas as manhãs ela põe sua roupa de viver. Assume compromissos, resolve pendências, cumpre metas, encara desafios. (...) Mas à noite… ah, à noite… ela se despe. Toma uma taça de vinho e remove cada uma de suas máscaras de viver. Não se cobra tanto, se permite sentir saudade, reconhece aquilo que lhe faz falta e o que lhe aquece a alma. Dá uma trégua para sua mania de perfeição, para sua incapacidade de dizer ‘não’, para seu desejo de ser aceita a qualquer custo. À noite ela descobre que pode ser amada pelo que é de fato, e não pelas máscaras que carrega”.
“A vida necessita de pausas. De momentos em que o bule cheio de café fresquinho nos convida a sentar e desacelerar. De ocasiões em que é necessário colocar uma toalha bordada na mesa e convidar a nós mesmos para o chá. De porcelana bonita nos chamando para jantar. De sobremesa simples adoçando nosso paladar”.
“É preciso aprender a se gostar. Aprender a descosturar as bainhas que nos atam ao que é supérfluo e costurar novos remendos, que nos autorizam uma existência de respeito e amor-próprio”.
“Aquilo que amamos tem a capacidade de nos transformar”.
“A vida nos apresenta novas chances o tempo todo - de amar, de perdoar, de esquecer, de recomeçar. Porém, somente quando amamos pra valer algo dentro de nós se modifica para sempre. E com isso sossegamos. Temos paz e tranquilidade. Descobrimos que estamos no lugar certo. Que pertencemos. Que estamos escrevendo nossa história com lucidez e certeza. E isso não nos permite mais olhar para trás com saudosismo, com nostalgia. Aceitamos os passos que demos, reconhecemos as alegrias que tivemos, mas não há mais o desejo de voltar. Não há mais a vontade de perpetuar alegrias esgotadas e memórias desbotadas”.
“Somos sempre modificados por aquilo que amamos. Que venham os novos tempos, e com eles a possibilidade de um dia acordarmos e descobrirmos que já não somos mais os mesmos que se blindavam, se escondiam ou se defendiam da vida e de suas imperfeições. Que a coragem e a leveza nos alcancem, e que a passagem do tempo apazigue dores, mágoas, ressentimentos. Que as histórias ruins sejam encerradas, e que, amando muito alguém ou alguma coisa, possamos deixar pra trás rastros de um passado que não nos representa mais”.
“Crescer é aprender a seguir com os próprios pés, ouvindo a própria voz, dando sentido às próprias inquietações. É reconhecer-se apto a fazer boas escolhas, a se posicionar diante das situações difíceis ou constrangedoras, a não se culpar quando decide enlouquecer de vez em quando”.
“Há momentos em que temos saudade de nós mesmos. Sentimos falta de quem éramos antes de nos misturarmos a todo mundo e de nos ausentarmos de nossa própria vida. Sentimos falta de nossa versão mais cheia de amor próprio, que não se anulava tanto pra querer agradar. Talvez seja esse o preço a pagar por não sabermos nos posicionar. O gosto amargo que temos que engolir por nos distanciarmos de nossa essência, da necessidade de recolhimento, da vocação de seguirmos nosso coração”.
“Algumas coisas duram pouco, ou duram muito menos do que a gente gostaria. Mas, ainda assim, foi melhor elas terem existido (ainda que por pouco tempo), do que se elas nunca tivessem acontecido”.
“A vida é cheia de pontos-finais. Num momento ou outro encerraremos um parágrafo e começaremos outro. Novas histórias estão prestes a ser escritas, e, mesmo que haja dificuldade em virar a página, alguns ciclos se encerrarão, independente de nossa vontade”.
“Quem dera a gente não sentir dor por perder algo importante. A alegria e a gratidão por esse algo importante ter feito parte de nossas vidas deveriam permanecer, nem que fosse por um único segundo. Compreender que por alguns instantes fomos escolhidos para compartilhar um olhar, um sorriso, uma paixão ou mesmo a posse de algo que depois se perdeu nos torna agraciados, abençoados, merecedores. Aquilo que se perdeu estava predestinado a um tempo curto, mas fomos escolhidos para usufruir desse tempo escasso, e fizemos o melhor que podíamos”.
“Com a maturidade a gente aprende que a vida não é feita só de ganhos. Que em alguns momentos a gente perde também, e são esses instantes que nos lapidam e fortalecem”.
“É preciso ser muito forte para deixar uma dor pra trás. Para entender que perdemos alguma coisa e não ficarmos olhando pro leite derramado. É preciso ter muita coragem pra deixar pra lá e continuar nossa vidinha sossegada sem o desalento do orgulho ferido. Porque de vez em quando o que dói não é a falta, não é a ausência, não é a solidão. O que dói é perder. É ter querido muito algo e não tê-lo obtido. É ter construído enredos com final feliz e não vê-los se concretizar”.
“Pra viver de verdade, a gente tem que quebrar a cara” - Caio Fernando Abreu
“De vez em quando a gente tem que varrer a dor e espanar as esperas. Parar de viver focado no passado, no que podia ter sido e não foi, nas perdas que a gente teve pelo caminho. Todo mundo passa por perdas, todo mundo cai em um momento ou outro, todo mundo desiste de algo que queria muito em alguma etapa da vida. E todo mundo sobrevive - porque entende que não é tarde demais para cultivar o amor próprio, para agradecer a Deus, para soltar os nós que prendem a embarcação a nosso porto e deixar partir o que não nos pertence mais”.
“É preciso coragem para deixar uma dor pra trás. Para olhar bem fundo nos olhos da dor e dizer: ‘você também vai passar’…”.
“A alma tem necessidade de distrações que a façam acreditar que o mundo não é um lugar somente frio e inóspito, mas pode ser também divertido, acolhedor e muito amoroso”.
“A enfermidade vem da incapacidade de não vigiarmos nossas emoções, de permitirmos que qualquer coisinha fora do lugar afete nosso equilíbrio, de sermos muito duros e exigentes conosco mesmos. De almejarmos a perfeição, de nos culparmos excessivamente, de não nos protegermos de pessoas negativas ao nosso redor. De liberarmos espaço para entretenimento ruim, de nos envolvermos em demasia com a dor. E, por fim, da incapacidade de nos encantarmos com a vida”.
“Quando você dirige um carro, você já notou e eu também, que um carro tem retrovisor e para-brisa. Mas o retrovisor é menor do que o para-brisa, porque passado é referência, não é direção”. - Mario Sergio Cortella
“Se colocamos o passado num pedestal, acreditando que somente ali fomos felizes, perdemos a capacidade de nos alegrarmos com a vida e, acima de tudo, a aptidão de simplesmente apreciarmos a paisagem”.
“Eu acredito na alegria como potência, como resistência, como uma forma corajosa de estar na vida”.
“É preciso coragem para romper com a ilusão de uma felicidade distante que reside no passado e assumir o encontro com as alegrias miúdas que brotam no solo árido do dia a dia”.
“Viver é dar conta de sair da rota, da estrada, da rotina, e aceitar a impermanência e a incerteza. Encarar o futuro e entender que, apesar dos planos, ele é incerto. Apesar das agendas, dos planners, da organização e dos calendários, ele é desencontro. E, assim, aceitar que nem tudo obedece à lógica; no entanto, em contrapartida há um milhão de bênçãos querendo chegar e contrabalancear a fragilidade dos dias”.
“Viver é querer arrematar e não ter linha suficiente. É achar que precisa de fôlego para subir uma montanha e encontrar um atalho. É esperar raios de sol entrando pela janela e descobrir que o astro deu a volta na casa e está iluminando o quintal inteiro. É sair descabelado e trombar com o grande amor. É carregar o guarda chuva na bolsa e ganhar carona no final do dia. É jogar os dados e ganhar na loteria”.
“Vida é terra fértil pra quem não desiste de semear e adubar. Pra quem insiste em jogar os dados até acertar. Pra quem consegue suportar os silêncios e vazios sabendo que tudo se renova quando a gente se dispõe a ouvir o que o universo tem pra nos contar. E ele conta…”.
“Tropeçamos, escolhemos errado, criamos expectativas, nos enganamos, ficamos em pedaços. Mas depois descobrimos que temos a capacidade de sermos inteiros novamente. E passamos a ressignificar as perdas e dores. E aprendemos a nos reconectar conosco mesmos, com nossa face mais autêntica, com quem queremos ser, com nossas limitações e vulnerabilidades. E começamos a driblar as imperfeições da vida e de quem convive conosco. E adquirimos a capacidade de jogar os dados e aceitar o resultado que vier, sabendo que tudo são ciclos, fases, encontros e desencontros”.
“Momentos bons são tecidos a todo instante, mas a gente tem que estar pronto para que eles cheguem de mansinho, embaralhando o ritmo conhecido de nossa vida e nos presenteando com folhas em branco e uma inspiração linda para escrever nossa história com coerência, otimismo e coragem. Grandes mudanças estão a nos esperar, mas a gente não pode ter medo de lançar nossa rede ao mar”.
“Viver é conviver com faltas, com buracos, com incompletudes que de vez em quando nos visitam de forma mais aguda e intensa, e em outros momentos nos deixam em paz”.
“Estar junto não nos livra da solidão, e estar sozinho não nos condena a uma vida infeliz”.
“Viver de acordo com o que esperam de nós e não como realmente somos é perigoso e nos adoece. Viver suprindo as expectativas dos outros nos faz olhar para nós mesmos com desamor, pois valorizamos mais o que é exigido de nós do que aquilo que realmente desejamos. Viver sem coragem de assumir nossas escolhas, nossos gostos pessoais, nossos contentamentos ou desgostos como se isso fosse errado ou vergonhoso diminui nosso amor-próprio e nos conduz a uma vida dolorosa de aparências”.
“Não precisamos ter receio de não sermos ‘bons o bastante. Não é preciso esconder nossas escolhas, gostos, preferências, contentamentos e desejos sob um manto de ‘perfeição1 que só satisfaz quem está do lado de fora, mas não satisfaz quem habita nossa própria pele”.
“Quando achamos que não somos bons o bastante, ou quando nos condicionamos a acreditar que nossas opiniões e argumentos são fracos e insignificantes perto das opiniões e argumentos dos outros, nós nos fechamos. Preferimos não opinar, não argumentar, não correr riscos, não nos expor. No entanto, também não vivemos uma vida plena. Não descobrimos que somos, sim, bons o bastante; que somos, sim, corajosos e fortes; que somos, sim, dignos de sermos escutados e apoiados”.
“Às vezes, descobrir que somos as ‘ovelhas negras’ da família não nos torna pessoas ruins, mas sim pessoas que têm a coragem de expor suas imperfeições e vulnerabilidades do mesmo modo que expõem seus dons e qualidades; pessoas que ousam ser quem são, independentemente do que os outros desejam que sejam. Indivíduos que têm a maturidade de se posicionar com segurança, correndo o risco de decepcionar alguns, mas certamente de ganhar a admiração e o respeito de outros - e, mais ainda, de si mesmos”.
“É preciso exercitar o encanto. A capacidade de nos contentarmos com nossa realidade, com aquilo que é possível, com o que temos para hoje, com o que precisamos aceitar e o que ainda dá para transformar”.
“A percepção da felicidade ocorre para aqueles que aprendem a lidar com os altos e baixos da existência, dançando quando há música e deitando no colo de Deus quando tudo silencia”.
“Muitas vezes nos apegamos às dores, mágoas, tristezas e traumas, como se isso desse significado a nossa vida. Planejamos pequenas vingancinhas, desejamos estar fortes para revidar, amarguramos palavras não ditas e cultivamos ressentimentos sem nos dar conta que o lado bom da vida só vai ter espaço em nossos dias se a gente deixar. Se a gente conseguir ‘deixar pra lá’, mandar tudo ‘praquele lugar’, dançar até ficar sem fôlego e enfim desapegar”.
“De vez em quando temos que fincar os pés com bastante força na existência e encarar nossos medos com prontidão e coragem, sem muito mimimi , nostalgia ou emotividade. Porque, se a gente sucumbe, a gente não progride. Se a gente se dobra, não vence. Se a gente deixa a emoção dominar, a gente se desequilibra. Se recuamos, a vida avança e nos deixa pra trás”.
“Às vezes não é a vida que tem que ficar mais fácil - é você que tem que ficar mais forte”.
“Às vezes é preciso desligar a chave da emoção para que possamos enfrentar a vida e suas imperfeições. Nem todo dia será um dia bom, e aprender a lidar com isso, sem ressentimentos ou vitimizações, mas arregaçando as mangas e agindo com coragem e determinação, fará com que os piores dias não definam nossa existência, mas sejam o reflexo daquilo que nos fez mais fortes”.
“A doçura não existe somente para revelar o lado terno da existência, mas também para serenar o que de amargo nos espreita…”.
“Recomece. Reinicie. Supere. Mas acima de tudo, divirta-se com a existência. Nem tudo é apenas bom, mas, se não está fazendo o olho brilhar, se faltam sorriso no rosto e graça nos gestos, o melhor é recuar. A vida é difícil, mas tem que ser boa”.
“Feche ciclos. Recicle sentimentos. Faça faxinas. Mas, principalmente, acredite que as coisas vão dar certo e que pra tudo há uma saída”.
“Não se trata de ganhar, mas de não desistir. Não importa quantas vezes você foi rejeitado, caiu e teve que levantar. O que faz diferença é quantas vezes você fica em pé, ergue a cabeça e segue em frente”. - Lady Gaga
“A felicidade não resulta da ausência de conflitos, e sim da capacidade de lidar com eles. Não vem da falta de dor, e sim da ciência em não valorizar a dor como o centro das atenções. Não da escassez de problemas, inquietações e inadequações, e sim da habilidade adquirida de não se deixar abater por elas. Não da ausência de limites, e sim da coragem de ser quem você é, de ousar assumir o que deseja independentemente do que os outros vão dizer. Não da aposta dos outros em você, e sim da sua confiança em si mesmo”.
“Para ser feliz, é preciso ser forte. E a vida nos lapida. De um jeito torto, difícil, repleto de perguntas e nenhuma resposta, você será desafiado a desistir um milhão de vezes; mas, se você resiste, se você levanta a cabeça e segue em frente… ah… a vida recompensa. E aí então, num dia qualquer, você acorda e percebe que já não é mais o mesmo. Que está feliz não pela ausência de contrariedades, e sim porque se tornou mais forte e aprendeu a lidar com as adversidades”.
“O fundo do poço te ensina lições que o topo da montanha jamais conseguiria”. - Autor desconhecido
“Leva tempo até que a gente aprenda que nosso valor não está nos elogios que recebemos ou nas decepções que não causamos, mas sim naquilo que a gente é realmente, independente das opiniões a nosso respeito”
“Autoestima não significa ‘eles vão gostar de mim’. Autoestima significa ‘tudo bem se eles não gostarem’”. - Autor desconhecido
“Mais importante que fazer tudo certo é conseguir se perdoar quando algo dá errado”.
“Seja uma boa pessoa. Mas não perca seu tempo provando isso”. - Autor desconhecido
“Quando você menos espera, a vida te vira do avesso, e você descobre que o avesso era seu lado certo”. - Caio Fernando Abreu
“Deixe a vida te virar do avesso e descubra que o avesso pode ser o lado certo para você. Quem disse que o que parecia bom para eles seria o seu lado ideal? No avesso você pode encontrar o ponto certo, a possibilidade nova, a cor mais viva. No avesso você pode adquirir um olhar novo para a existência, e descobrir que dá para ser feliz à sua maneira, perdendo o telhado, mas ganhando as estrelas…”.
“Não tem como ser um erro se foi um caminho. Não tem que haver arrependimento se você deu o seu melhor. Não tem que sentir culpa, se você foi de verdade. Não tem como achar que foi tempo perdido, se de alguma forma te modificou para sempre”.
“Nem sempre as dores são infortúnios; muitas vezes elas são bênçãos disfarçadas, pois nos lapidam, aprimoram, e nos dão a capacidade de reverenciar os momentos de uma forma que teria sido inimaginável antes”.
“Há dias em que o passado me acorda e não posso desvivê-lo”. - Bartolomeu Campos de Queirós
“Apesar de nossa resistência e apego ao que foi vivido, somos construção e desmoronamento, emersão e naufrágio, elaboração e aniquilamento, preenchimento e vazio, gozo e desgosto, aflição e satisfação, presença e ausência, perdas e ganhos, finalizações e recomeços, inquietação e reinvenção”.
“A tarefa de viver nunca se conclui, a não ser que a gente determine”. - Lya Luft
“Ninguém habita o presente e o passado ao mesmo tempo, e tentar jogar uma partida aqui com o pensamento lá será sempre um desastre. Não traga de volta antigas lembranças, elas sempre estarão envoltas em antigos rancores, e nem sempre você terá domínio sobre suas emoções. Encerre ciclos, desapegue do passado, não olhe pra trás. Vida é erro e acerto, arrebatamento e assombro, tragédia e glória. Mas é, acima de tudo, transformação e impermanência…”.
“Um dia ela acordou e percebeu que talvez a felicidade também tivesse a ver com pontos-finais. Que estava na hora de guardar seu amor por dentro e direcionar seu afeto para si mesma. Começou a entender que não era fácil desistir dele, porque, mais do que amá-lo, amava a sensação que amá-lo provocava nela. Devagar descobriu que poderia fazer poesia do vazio e das esperas. E que, em algum lugar, não muito longe dali, haveria um menino poema como ela, capaz de lembrá-la todos os dias que é preciso força e coragem para insistir na doçura num mundo cheio de amargura”.
“Em tempos de amores líquidos, reciprocidade é fundamental”.
“Encontrar reciprocidade num mundo que gira tão rápido é entender que alguém ainda nos dá a mão no meio de tanto turbilhão. É saber que diante do tempo que acelera tanto ainda há o que esperar dos vínculos que construímos e dos laços que firmamos. Por isso não há o que esperar dos laços que se afrouxam. Por mais que a gente se empenhe em manter certas amarrações, elas não se firmam. Nesse caso, o melhor é se desligar. Entender o fim de um tempo, a desistência de alguns planos, a frustração de certas expectativas. Não alimentar desejos em cima de terrenos frágeis, nem atribuir sentimentos a quem simplesmente não está do nosso lado”.
“Exercite o amor-próprio e valorize os vínculos que construiu. Não permita que o tempo dissolva relações importantes, e preserve com carinho os novos laços que querem surgir. Porém, só permaneça onde existe reciprocidade. Não insista, não implore, não alimente relações unilaterais. Antes de tudo, seja amoroso com você. A vida é recíproca com quem se trata bem”.
“Somos seres complexos. Nem tudo tem explicação, nem tudo pode ser compreendido ou decifrado. Algumas emoções surgem sem pedir licença, e alguns olhares nos traem mesmo quando tentamos ocultar uma tristeza, uma mágoa ou uma paixão”.
“A história de uma pessoa não é meramente o que aconteceu, o que se concretizou. Abrigamos palavras não ditas, caminhos não escolhidos, sonhos não realizados. Nem tudo cabe em nossa vida, nem tudo pode ser dito ou expresso, mas essa outra vida caminha conosco, vai dentro da gente. Nossas vidas não vividas nos acompanham, quer tenhamos consciência disso ou não”.
“Nossas vidas não vividas - aquelas que vivemos na fantasia - são com frequência mais importantes para nós do que aquelas que chamamos de vidas vividas”. - Adam Phillips
“Por mais que a gente tente esconder, o nosso olhar é mesmo um espelho de prata de nossa alma”.
“Não crie romances onde não tem. Não construa pontes para quem não vem. Não alimente expectativas em cima de sinais vagos e semblantes incertos. Não se ofenda com demoras de quem nunca deu certeza de estar por perto”.
“É preciso andar atentos e abertos à interferência do acaso, dar vazão à intuição e entender que às vezes o universo conspira a nosso favor, modificando, alterando nosso curso nas entrelinhas da rotina, muitas vezes contrariando aquilo que realmente buscamos. Ele nos mostra possibilidades novas e muitas vezes lindas durante os desvios de rota ou pequenas tempestades que atravessamos”.
“Se uma pessoa trata você como se não desse a mínima, ela genuinamente não dá a mínima”.
“Viver é um exercício de resiliência e aprendizado, e somente aqueles que não se aprofundam, preferindo viver superficialmente, não se expõem aos riscos. Mas também não vivem. Também não experimentam os desatinos e delícias de amar profundamente; não conhecem o gosto salgado da pele que transpira e dos olhos que choram; não saboreiam a conquista da intimidade e a dor da vulnerabilidade com a mesma coragem”.
“Você não vai se curar voltando para o que te deixou em cacos. Você não vai se reerguer reprisando a mesma história dolorosa. Pois as pessoas não mudam, e aquilo que te machucou e te fez menor do que realmente é não pode se repetir. Não há segundas chances para aquilo que um dia te causou dor e sofrimento. Não há segundas chances para aquilo que algum dia te despedaçou. Só quando você aprender a recusar a dor vai adquirir amor-próprio. Só quando você desistir de tentar compreender o incompreensível conquistará uma fé enorme em si mesmo”.
“O que nos cura não é o retorno para aquilo que nos feriu, e sim deixar de tentar consertar o que não tem conserto e parar de dar desculpas para justificar nosso desejo de olhar para trás, para aquele lugar de dor e sofrimento. É dar um basta na tentação de imaginar que as coisas poderiam ser melhores se a gente tivesse agido diferente. O que nos cura é nos redimir pelo que não deu certo e seguir em frente, dando uma nova chance à bela e dolorosa passagem do tempo…”.
“Alguns assuntos já foram assuntos demais para serem assuntos novamente”. - Autor desconhecido
“Tem horas que a gente tem que matar o passado dentro da gente. Sacrificar de uma vez aquela lembrança ‘preciosa’ que não nos permite crescer. Fechar a porta daquele lugar distante no tempo que não nos ajuda a prosseguir. Dar um basta nas velhas desculpas que justificavam nossa saudade, nossa nostalgia, nosso ‘resgate’, e finalmente entender que desapego é uma das lições mais difíceis, porém mais necessárias, que vamos ter.”
“Nunca estaremos imunes a ser traídos pela emoção. Como eu gosto de afirmar, somos a soma do que amamos e do que vivemos, e de vez em quando aquilo que amamos terá disposição para vir à tona. Não se culpe quando isso acontecer. Contudo, após a visita da saudade, coloque-a de volta no seu lugar. O passado tem a função de nos lembrar como chegamos até aqui, mas não pode, de maneira alguma, nos definir”.
“Por mais difícil que seja, haverá momentos em que teremos que nos despedir de algumas histórias que foram importantes para nós. Nem tudo nos cabe, e viver carregando no peito nossas vidas não vividas não nos permite crescer”.
“Às vezes a gente só quer um abraço que diga que vai ficar tudo bem, uma garantia de que não estamos sozinhos, um colo onde repousar a cabeça, uma atenção cuidadosa e um silêncio repleto de significado”.
“Oferecer nosso abraço a alguém é resgatá-lo do mundo enquanto acolhemos suas lutas, desistências, lembranças e confissões. É se importar, emanar energias boas, sanar dúvidas e dissipar medos. É adoçar um encontro, medicar um pranto, colorir um desencanto. Abraço é calma, encontro de almas, artimanha perfeita para vencer qualquer dúvida ou saudade”.
“Eu te abraço para abraçar o que me falta”. - Rubem Alves
“Abraço nos reconecta com aquilo que precisamos, com o que nos faz falta, com o que nos alivia. Abraço é melhor que conselho, que beijo, que recomendação. Abraço nos traz de volta, nos situa no mundo, nos dá chão. Abraço é a maior das conquistas, pois abraço dissipa o abandono e aquieta o coração…”.
“Às vezes não basta termos consciência de nosso valor. Queremos que o outro, principalmente aquele em que temos interesse, também tenha. Desejamos ser aceitos, mais do que simplesmente nos aceitar. Aspiramos pelo amor do outro, muitas vezes mais do que naturalmente nos amar”.
“Siga o seu padrão, ande no seu tempo, respeite suas limitações, aceite suas imperfeições. Ouça sua voz, faça as pazes com suas curvas, seja leve com seu autojulgamento. Nem todos preferem as rosas, nem todos desistem dos cactos, mas, quando você descobre sua melhor versão e se ama assim, você ensina aos outros como quer ser amada. E isso basta”.
“Desistir é uma escolha, mas nem por isso é algo simples, fácil. Porque impõe a quebra de contratos com aquilo que um dia amamos, com aquilo que um dia cuidamos para que não morresse, com aquilo que julgávamos parte de nossa identidade. A gente desiste do que dói, dos lugares onde a gente não cabe mais, das histórias que a gente torcia para que dessem certo, mas não deram, dos amores que nos tornam pessoas piores do que realmente somos”.
“A gente escuta muito que não se deve desistir dos sonhos, mas de vez em quando é necessária uma boa dose de humildade para admitir que não há mais o que ser buscado, que a antiga expectativa necessita de um basta, que o primitivo anseio foi por água abaixo. Se há tantos outros sonhos a serem vividos, por que insistir em habitar os mesmos velhos sonhos que não se concretizaram como a gente gostaria?”.
“A gente não desiste do que quer, a gente desiste do que dói. Dos laços que machucam, da indiferença que maltrata, da inconstância que perturba. E finalmente descobrimos que desistir pode ser parte da nossa força também, pois a construção de nossa felicidade depende daquilo que deixamos pra trás ou permitimos que se despedisse de nós”.
“O amor se constrói no cotidiano, somando pequenas delicadezas, diminutas concessões, miúdas gentilezas e abundante dedicação”.
“Às vezes tem que doer como nunca para parar de doer. E para isso é preciso coragem. O que a vida quer de nós é essa bravura, que nos possibilita ter um tipo de amor por nós mesmos que irá nos proteger de qualquer situação que nos diminua ou aprisione. É essa coragem que nos permite arrancar esparadrapos de uma vez e nos autoriza desistir de algo que queríamos muito, com todas as nossas forças… mas que não nos faz bem”.
“Existe uma contradição nos amores que doem. Apesar de serem algo que desejamos, eles nos adoecem. Embora representem nosso projeto de vida, estão sendo sonhados apenas por nós mesmos e mais ninguém. Apesar de causarem sofrimento, não queremos nos livrar deles”.
“Ninguém pode julgar os motivos que fazem você insistir em remar um barco de papel que está afundando. Já disseram que coração é terra que ninguém vê, e acredito nisso também. Por esse motivo, cabe a você definir os limites; estabelecer o tempo necessário para processar a desistência dentro de você e, finalmente, no tempo certo, deixar de remar”.
“Terra onde a planta foi arrancada pela raiz é terra transformada e, mais adiante, terra curada”.
“Ser abandonado ou bloqueado por alguém não precisa ser sinônimo de derrota ou tribulação se encararmos que foi melhor sermos excluídos de uma vez da vida dessa pessoa do que termos permanecido como última opção em seu rol de prioridades”.
“Amar só é bom se trouxer paz. Se nos ajudar a atravessar a vida e suas imperfeições, se despertar nossa coragem e amor-próprio, se nos permitir revelar nossa doçura, alegria e, vez ou outra, alguma loucura. O amor não é tábua de salvação para todas as nossas angústias e inquietações, mas pode nos aproximar da cura. Pode nos trazer um tipo de tranquilidade e certeza que valida e justifica a existência, e nos autoriza a acreditar em nós mesmos, buscando ser melhores conosco e com os que nos cercam”.
“Desejar estar ao lado de alguém que só nos faz mal e nos machuca repetidas vezes é escolher perpetuar uma história de dor. Não sabemos onde essa história teve origem, mas sabe-se que, quando uma pessoa se cura, ela ajuda as gerações vindouras a se curarem também. Então, se você não faz por si, faça por aqueles que virão depois de você. Rompa esse ciclo de autopunições e aprenda a reconhecer o que é bom, o que te torna uma pessoa melhor, o que te traz paz e a garantia de estar no lugar certo”.
“A mulher tem que saber a hora exata de sair de cena. Mesmo que essa hora seja muito dolorosa”. - Coco Chanel
“Ser elegante no comportamento é ter bom senso - na hora de falar, de calar, de nos expressar com extroversão ou discrição. Mas, acima de tudo, bom senso na hora de perceber onde estamos sobrando - de sairmos à francesa de lugares onde não cabemos mais”.
“Sair de cena quando tudo o que a gente queria é que a história não tivesse fim é uma das decisões mais difíceis e dolorosas que existem. Mesmo assim, mais vale a dor advinda de um distanciamento sadio que a falsa e humilhada alegria de permanecer num lugar onde não somos bem vindos”.
“Temos que entender que merecemos um amor recíproco, inteiro, companheiro, verdadeiro. Quem se submete a amores menores e unilaterais acreditou que é merecedor de pouca coisa, de afetos rasos e parciais. Por isso é tão importante discernir onde se deve ou não permanecer. Por isso é essencial descobrir a hora de fazer as malas e deixar de prorrogar nossa presença onde não somos mais considerados convidados especiais. Quem lhe quer, o trata como convidado especial. Quem o deseja, acolhe-o com alegria e satisfação. Quem o admira, tem brilho nos olhos quando o vê chegar. Pequenos gestos nos dão pistas de onde devemos ou não permanecer. Pequenas atitudes nos ajudam a discernir se é chegada a hora de partir”.
“Você tem de aprender a sair da mesa quando o amor já não está sendo servido…”. - Nina Simone
“A solidão de ter sido abandonado dói muito mais que a solidão de estar sozinho. Pois o abandono é como farpa na carne a consumir nossos dias e noites; e a solidão advinda da rejeição leva porções de nós mesmos de que antes nem sentíamos falta. Quanto maior nosso amor por alguém, mais devastador se torna o desprezo desse alguém por nós”.
“Às vezes a gente precisa perder a fé em alguém para adquirir uma fé enorme em si”.
“Às vezes a gente fica tão focado naquilo que perdeu que acaba não dando chances para o que virá. Os livramentos acontecem silenciosamente, a todo instante, e mesmo sem compreender, é preciso confiar. Acreditar que algumas perdas não são prejuízos, e sim bênçãos disfarçadas”.
“Às vezes a gente imagina que é dono de um jardim, mas só é possuidor dos espinhos que existem lá. Precisamos parar de aceitar a dor como algo que nos completa e começar a desejar a beleza, o perfume e todo o bem que o jardim inteiro pode nos proporcionar”.
“Precisamos de um segundo olhar para nossas histórias, um olhar que nos compreenda e ao mesmo tempo nos confronte, que nos acolha e ao mesmo tempo nos impulsione a mudar”.
“Muitas vezes a dor da perda não vale a alegria do reencontro”.
“Nem toda situação merece uma reação, e de vez em quando o silêncio é a melhor resposta”.
“Amores que dão certo são recíprocos desde o início. Não provocam dúvidas, não punem, não competem. Não causam insegurança, não machucam, não iludem”.
“Bons relacionamentos são feitos de boas pessoas. Você nunca conseguirá ter um relacionamento bom de verdade com uma pessoa ruim”.
“É preciso continuar acreditando que um dia alguém vai fazer questão da gente e, de uma maneira que não seria possível antes, a gente gostará disso. Porque com o tempo se aprende que bom mesmo é ter um amor que nos valoriza, prioriza, corresponde. Bom mesmo é querer aquilo que serve pra gente, e não viver de esperar quem nunca quis ser nosso par”.
“Para curar uma ferida você precisa parar de conversar com ela” - Autor desconhecido
“Quanto mais em off você viver, menos necessidade de on você terá”.
“O que a vida quer de nós é coragem. E é preciso muita coragem para insistir e, igualmente, muita coragem para desistir. Porém, acima de tudo, é preciso sabedoria para discernir qual é o momento de um e de outro. Desistir é uma decisão, e pode ser nosso maior ato de coragem. Ninguém enxergará as batalhas que você travou para aceitar que o tempo das esperas acabou; para substituir o sentido que aquela esperança lhe dava por uma forma de vida inteiramente nova”.
“Nem sempre a gente enxerga que é hora de desistir. Que não há mais o que esperar daquilo que a gente tanto desejou. Que o tempo de insistir e nos dedicar ao que queríamos chegou ao fim. Que, apesar de nosso desejo e de nossos esforços, não há mais o que fazer. É doloroso aceitar que nem sempre nossas vontades são aquilo que Deus reserva para nós, e que, simplesmente, temos que deixar ir”.
“Precisamos de sabedoria para escolher bem as batalhas que vamos travar. Enquanto não aprendemos isso, enquanto escolhemos batalhas que já estão perdidas e gastamos toda nossa energia forçando chaves em fechaduras erradas, sofremos”.
“Ao permanecermos com esperanças num lugar onde não há mais o que esperar, nós nos atormentamos. Ao insistirmos em algo que nunca vai se modificar, padecemos. Enquanto teimamos em acreditar que teremos resultados favoráveis ao forçar um sapato que não nos cabe, sofremos. É preciso paz para ouvir a voz da intuição e entender que desistir pode ser um grande ato de amor por nós mesmos”.
“É preciso não confundir desistência com derrota. Desistir é uma decisão, um trato com uma nova forma de vida, e pode significar uma nova chance, um recomeço. Assusta porque nos obriga a renunciar àquilo que, mesmo sendo ruim, muitas vezes dava sentido à nossa existência”.
“O desconhecido assusta. Nos apegamos ao que conhecemos bem, mesmo que seja um lugar de derrota e dor. Por isso sofremos ao soltar o último fio que nos liga ao nosso mundo, à realidade que até então nos definia. Porém, soltar essa fagulha de esperança, embora seja assustador e sofrido, algumas vezes é necessário”.
“Não desejo que você mate seus sonhos, mas que tenha sabedoria para escolher onde deve permanecer. Que não se iluda com aquilo que só aconteceu na sua imaginação, nem insista em situações que só se concretizaram em seus devaneios. Nem tudo o que a gente quer é para a gente. E aceitar isso, e lidar com isso, dói, machuca, deixa marcas profundas. Mas, quanto antes você conseguir discernir o que é real e possível do que é fantasia e ilusão, mais cedo perceberá que a felicidade também é uma decisão, e que a vida acontece para aqueles que escolhem recomeçar quando tudo parece desabar”.
“É da natureza da dor parar de doer”. - Caio Fernando Abreu
“É preciso acolher a tristeza, vivenciar o luto, se permitir chorar, mas nunca abrir mão de si mesmo e do amor-próprio na tentativa de reverter o quadro”.
“A dor da perda não é nada comparada à opressão de permanecer numa relação em que somos aturados, e não amados”.
“Às vezes uma relação dá mais certo com os ex-amantes seguindo caminhos distintos e desejando o bem do outro do que caminhando lado a lado”.
“Não deveríamos forçar chaves em fechaduras erradas, pescar com linha de barbante, tomar sopa com palitinho, vedar rachaduras na parede com chumaços de algodão… muito menos insistir para que uma pessoa fique conosco quando ela não tem a mínima intenção de ficar. Deixe ir. Se não corresponde, não te serve”.
“A gente tem que se amar o bastante para fechar a porta de onde não é bem-vindo. Ser corajoso o bastante para desistir de uma relação em que somente a gente investe tempo e vontade. Temos que parar de guardar lugar para quem não tem a mínima intenção de seguir viagem ao nosso lado. E começar a entender que nem tudo o que queremos nos serve”.
“Aqueles que se amaram muito um dia têm que permanecer amigos para sempre, senão o mundo fica cruel demais”. - Domingos de Oliveira
“O modo como você ama a si mesma é o modo como você ensina todo o mundo a te amar” - Rupi Kaur
“Você jamais terá um banquete se ficar satisfeito com as migalhas”.
“As coisas que amei, as coisas que perdi / As coisas que julguei sagradas e depois abandonei / Não vou mais mentir, pode apostar / Não quero aprender coisas que precisarei esquecer”- Banda Audioslave
“A autossabotagem é um mecanismo de defesa, e aqueles que têm medo do amor se sentirão seduzidos a agir como aquele que abandona em vez daquele que é abandonado. O medo do desamparo é tão grande que é preferível ser aquele que renuncia a ser aquele que é desamparado”.
“Somente fugirá do amor quem muito amou e se despedaçou. Só se blindará contra a vulnerabilidade quem muito se expôs e sentiu-se desarmado. Desistirá de aprender apenas aquele que teve que lutar para esquecer. Somente negará o que sente quem um dia foi inteiro e se fragmentou”.
“Coragem e covardia são um jogo que se joga a cada instante”. - Clarice Lispector
“Por mais que seja um risco, é preciso não ter medo de assumir o que se sente e o que se deseja, pois a gente só vai se curar quando ventilar nossas feridas mais profundas e deixar o tempo tratar…”.
“Amor é afeto, mas também disposição para dar certo”.
“Prefiro a coragem dos que são verdadeiros correndo o risco de quebrar a cara à covardia dos que fazem jogo e magoam os outros pelo medo de se sentirem vulneráveis”.
“Para bem viver, é preciso insistir nos encontros felizes, e nunca, jamais, lamentar aquilo que por alguns instantes fez você perder a noção da hora e esquecer a fragilidade das coisas e do tempo”.
“A vida já é tão complicada, já nos esforçamos tanto para vencer cada dia… que, se não pudermos mandar energias positivas e bons pensamentos a favor das pessoas, é melhor silenciar. Silenciar é um gesto de sabedoria, de encontro com o que é de fato importante e deve ser levado adiante, de retomada do equilíbrio, de regeneração das mágoas e busca do bem estar”.
“Segue o teu destino, rega as tuas plantas, ama as tuas rosas. O resto é a sombra de árvores alheias”. - Fernando Pessoa
“Cuide da sua vida, lide com as suas dificuldades, apare seus defeitos, aprimore suas qualidades e cure suas mágoas ao invés de ciscar pela vida alheia, se incomodando com que o outro faz ou deixa de fazer. Limpe seus olhos antes de falar sobre o cisco nos olhos do outro”.
“Há tanta coisa a ser feita em nossa casa antes de apontarmos a sujeira na casa do vizinho! Tantas possibilidades de nos aprimorarmos como seres humanos, como seres espirituais, praticando a caridade, a generosidade e a compaixão, que não deveria sobrar tempo para recriminações, julgamentos, hipocrisia e falatórios. Tudo isso é desorganização, é perda de foco, é se afastar daquilo que viemos fazer nesse mundo: amar e sermos amados”.
“A vida precisa de faxina. E isso inclui fechar algumas portas e dar fim a algumas histórias. Nem tudo cabe em nossa nova etapa de vida, e temos que ser corajosos para abrir mão daquilo que um dia teve significado e hoje não tem mais. Nem sempre é fácil encerrar um capítulo. Porém, às vezes o capítulo já se encerrou faz tempo, só a gente não percebeu”.
“Não guarde lugar para quem não tem intenção de sentar ao seu lado”. - Autor desconhecido
“ Algumas pessoas não valem nosso esforço. Não valem nosso empenho nem nossa intenção de proximidade. Elas simplesmente não fazem questão. E insistir em manter um laço sem reciprocidade só vai nos desgastar, cansar, decepcionar. Quanto antes você entender isso, mais cedo aprenderá a valorizar quem está ao seu lado, seus afetos verdadeiros, sua história bem contada. E, enfim, vai fazer com que você adquira uma espécie de amor próprio que não lhe permitirá mais remendar porcelanas quebradas. Entenderá de finais e recomeços, e aprenderá a não sentir um pingo de culpa por se amar em primeiro lugar”.
“Nós nos perdoamos quando enxergamos em nossos amigos a aceitação de nossas estranhezas”.
“A gente não faz amigos - reconhece-os” - Vinícius de Moraes
“Abrace seus pais enquanto estão aqui. Aproveite a companhia dos ‘velhos’ ouvindo com atenção as histórias que carregam dentro de si; o jeito como nos olham revelando que ainda somos ‘suas crianças’; a maneira como se alegram quando nos mostramos receptivos ao seu amor”.
“Entre a infância e a velhice há um sopro de vida que deve ser valorizado antes que o tempo transforme promessas em arrependimento. Um instante que deve ser preenchido com saudades não consumadas, abraço aguardado, coragens necessárias, afetos declarados, gentilezas insistentes e acenos temporários”.
“Diante da vida e de seus caminhos tortos, é comum não compreender. E é essa incompreensão que nos torna humanos. É essa incapacidade de encontrar sentido no sofrimento que nos torna semelhantes. Todos nós somos assim. Todos nós atravessamos desertos e sentimos desamparo uma vez ou outra. Porém, algumas pessoas carregam fardos maiores ao desafiadas a enfrentar estiagens persistentes e tempestades abundantes”.
“O sofrimento traz muitos ensinamentos, mas também leva um pouco da nossa vitalidade. É necessário cuidado para que nosso caminho permaneça florido apesar de todos os espinhos. Para que a fé em Deus e em seus propósitos não seja colocada à prova. Para que a gente não se blinde demais, mas siga acreditando que em algum momento será capaz de sorrir de novo”.
“Se as águas do mar da vida quiserem te afogar, segura nas mãos de Deus e vai… Não temas, segue adiante, não olhes para trás; segura nas mãos de Deus e vai…”.
“Deus dá, Deus tira. Não temos controle nem compreensão, e diante do inevitável tem que permanecer a confiança. A capacidade de conseguir entregar o restante de nosso caminho a Deus, mesmo que a vida nos tenha feito em cacos”.
“Somos finos como papel. Num instante, tudo muda. Não temos tanto tempo. A vida não é eterna. Nunca estamos prontos. A vida é um soluço entre o nascer e o morrer. É preciso amar mais. É preciso dizer às pessoas que as amamos. Fazer a diferença. Ser gentil. Ser generoso. Não acumular culpas. Perdoar. Valorizar. Não sofrer à toa. Perceber que não há tempo certo para ser feliz. O agora nos chama. O hoje é aqui. O tempo é curto. O tempo passa depressa, e mais do que o tempo, nós passamos depressa…”.
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas, ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”. - Carl Jung
“A mentira ‘bonita’ é muito mais devastadora que a verdade intragável. Por mais que a mentira tenha ‘boa intenção’ - poupar alguém da realidade, proteger, resguardar -, ela causa rupturas amargas na confiança, e pode diminuir a fé que essa pessoa tem na vida, nas circunstâncias e nas pessoas. A realidade, seja ela boa, ruim, fácil ou duríssima, é o que há. Ela é nosso fato concreto, e não pode ser mascarada com uma mentira que não reflete aquilo que temos pra hoje. Não podemos manipular a vida de ninguém, editando aquilo que ela deve ou não conhecer, deve ou não lidar, deve ou não enxergar. Não dá para poupar alguém dos fatos de sua própria vida enfeitando a realidade com omissões. Não dá para achar que ajudamos alguém contando a ela uma mentira”.
“Nem sempre a verdade vai nos trazer alívio ou alegria, mas a vida precisa ser vivida com clareza, por mais que essa transparência traga dor. Ainda assim, é uma dor que nos localiza, nos situa, nos confronta com o amadurecimento e o aprendizado. Pois tudo está em pratos limpos, às claras, sem manipulações, hipocrisias, omissões e mentiras. É melhor desapontar alguém com a verdade (nem sempre bonita) do que enganar com uma mentira. Se a pessoa vai sofrer ou não, isso não nos cabe decidir ou controlar. Não podemos agir como deuses, capazes de manipular e conduzir o que foi reservado à vida de cada um. O sofrimento não é só prejudicial, ele também tem seu papel no fortalecimento dos vínculos e no crescimento pessoal. Tentar remediar o sofrimento através de uma mentira é causar uma dor ainda maior”.
“Só é preciso uma pessoa para cuidar de você: você mesmo. Mas, para conseguir se cuidar, é preciso se conhecer. Saber até onde você consegue ir, até onde dá conta, até onde pode mergulhar. Cuidar é conhecer seus limites, proteger sua energia, blindar seu bem estar. Cuidar é se afastar do que te perturba, te desgasta, te desequilibra”.
“Algumas vezes temos que colocar nossa afeição por alguém em banho-maria para que possamos nos lembrar de que merecemos mais. Algumas vezes temos que colocar o que sentimos por alguém em segundo plano para que coloquemos a nós mesmos em primeiro lugar. Quando gostar de alguém nos faz em pedaços, é hora de recuar, reconsiderar, afastar e até mesmo bloquear”.
“Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil”. - R. J. Palacio
“A vida já é tão complicada por si só, já são tantos sustos, perdas, falhas e desafios que enfrentamos dia a dia que não deveria sobrar energia para embates desnecessários, com o único objetivo de provar o quanto estamos certos e cheios de verdade em nossos posicionamentos. Se usássemos essa energia e esse tempo praticando a gentileza, tentando tornar o dia de alguém mais suave ou doce, guardando nossa explosão de argumentos e certezas para nós mesmos e não tentando convencer ninguém de nada, certamente teríamos um mundo melhor, bem mais fácil de habitar”.
“Escolher ser gentil em detrimento de ter razão não nos torna omissos. Omisso é quem é negligente, quem falta com a presença ou a palavra em momentos decisivos, quem deixa de fazer o bem podendo fazê-lo. Preferir ser gentil a estar certo é ter a capacidade de ser tolerante com as divergências, com os pontos de vista diferentes, com a diversidade de pensamento, vivências e escolhas. É conseguir colocar a doçura, o amor e a compreensão à frente da intransigência, teimosia e tirania. É acreditar que você não precisa convencer ninguém de nada, que não é necessário fazer longos discursos ou palestras acerca de seu ponto de vista, nem deixar de ‘seguir’ alguém só porque ele pensa diferente de você”.
“Gentil é aquele que passa pela vida do outro, toca-o com leveza e o marca, onde ninguém mais pode ver…” - Josie Conti
“Nós somos a soma do que falamos, do modo como agimos, da maneira como tocamos uns aos outros. Mas também somos a soma de nossas emoções, pensamentos, alegrias guardadas e angústias não declaradas. Ninguém sabe ao certo o que vai dentro do coração do outro. Ninguém tem a mínima noção dos fantasmas que assombram, da bagagem que carrega, das alegrias e saudades que abriga, das batalhas que trava, dos silêncios que suporta, das vitórias que celebra. Muitos, porém, se acham aptos para julgar o caminho alheio”.
“Muita gente se considera capacitada para condenar as escolhas de terceiros. Mas a verdade é que ninguém conhece por inteiro as batalhas que travo intimamente. Ninguém percorreu meu caminho com meus sapatos para saber onde apertam os meus calos. E, por mais que imaginem conhecer, alguns passos dessa dança são só meus; por mais que desejem ajudar, algumas pontes só eu posso atravessar”.
“Precisamos uns dos outros. Precisamos do olhar do outro que nos apoia silenciosamente ou nos faz recuar diante da gravidade das coisas e do mundo. Não carecemos de juízes. Não precisamos de magistrados que decidem o modo como devemos viver ou habitar nossa própria história”.
“Cada um sabe o que carrega na bagagem. Cada um sabe de suas lutas íntimas e vitórias silenciosas. Cada um sabe onde seu sapato aperta, machuca, causa bolhas. Cada um sabe a hora de descalçar ou continuar. Cada um conhece seus limites, a necessidade de preservar a própria essência, a necessidade de ser coerente com seu coração. Então não é justo que alguém que nunca carregou aquela bagagem nem nunca calçou aqueles sapatos ache-se no direito de bater o martelo, intimar, condenar ou especular qualquer caminho ou escolha”.
“É preciso coragem para trilhar nossa história com coerência e autenticidade. Para romper com aquilo que esperam de nós em contrapartida ao que queremos de fato. É preciso valentia para optar pelo amor-próprio, pela honestidade. Para crescer e assumir nossos erros, incompletudes, abismos e asperezas do mesmo modo que nos orgulhamos de nossa doçura, leveza e capacidade de amar”.
“Quando alguém julgar o seu caminho, empreste a ele os seus sapatos. Só você sabe como chegou até aqui. Só você entende as batalhas e triunfos silenciosos que fizeram parte do seu caminho. E, por mais que estejam junto de você, algumas pessoas simplesmente não entendem. E cobram por aquilo que não conhecem; julgam por aquilo que não experimentam. Talvez devessem olhar melhor para as próprias vidas, e se perguntar por que se incomodam tanto. Creio que deveriam ser mais tolerantes consigo mesmas, afrouxando os cadarços de seus próprios calçados”.
“Às vezes as pessoas optam por um caminho que irá nos ferir, mas isso tem muito mais a ver com a vida delas do que com a nossa. Portanto, não cabe a nenhum de nós apontar o dedo. Não cabe a nenhum de nós expor o outro ao nosso julgamento, muitas vezes imparcial, já que somos ‘as vítimas’. O que devemos fazer é ajudar a construir uma pessoa melhor, com amor, tolerância às diferenças, perdão e aceitação. Ninguém está livre de erros e, acima de tudo, ninguém sabe ao certo onde o sapato do outro aperta…”.
“Perdoar não é esquecer: isso é amnésia. Perdoar é se lembrar sem se ferir e sem sofrer: isso é cura. Por isso é uma decisão, não um sentimento…”. - Autor desconhecido
“Ninguém esquece daquilo que o feriu, que doeu, que dilacerou. Mas a gente pode superar. Pode enxergar o que lesionou sem se machucar. Pode entender o que morreu sem se enlutar. Consegue conviver com o que restou sem se magoar. Isso é perdoar. Isso é permitir que a história siga seu curso trazendo uma lembrança que não pesa mais”.
“Na vida é necessário perdoar sempre. Perdoar a finitude das coisas, perdoar a pressa do tempo, perdoar as despedidas e os pontos de vista, perdoar erros bobos ou grandiosos, perdoar as ausências, perdoar a falta de jeito e a indiferença. Sem o perdão, ficamos presos a um lugar de falhas e faltas. Não seguimos em frente, não superamos, não evoluímos”.
“É preciso ser leve. Absolver a existência de culpas que nos atam a um lugar que não existe mais, e livrar nossa história de ressentimentos antigos”.
“As feridas fazem parte da sua história, mas é você que decide como quer lidar com elas”.
“A gente não se esquece dos cacos de vidro que pisou, mas a cura chega quando a gente volta a caminhar sem dor. A gente se lembra, mas não se importa mais. Isso é perdoar. Isso é permitir que sua história siga sem te machucar”.
“O perdão é uma escolha. Uma escolha de viver sem dívidas com o passado, de se desvencilhar das mágoas e ressentimentos e, principalmente, de viver sem dor”.
“Somos uma bela geração de fotos sorridentes e de travesseiros encharcados”. - Ludmila Clio
“É ilusão acreditar que a felicidade é mais constante e certa para aqueles com o feed de notícias mais farto de viagens, convites, likes ou popularidade. É engano imaginar que o carisma, a importância ou o valor de alguém podem ser medidos pelo termômetro das curtidas ou descurtidas”.
“Crescer é um processo contínuo, em que temos que aprender a conviver com as limitações, impossibilidades e imperfeições, tentando fazer o melhor que pudermos com o pouco que tivermos”.
“Não espere que o tempo lhe traga problemas reais para perceber que você sofreu tanto por problemas imaginários. Não espere alguém te magoar de verdade para se dar conta que esteve colecionando pequenos ressentimentos desnecessários. Não espere a infelicidade bater na sua porta para perceber que era feliz e não sabia”.
“Eu escolho me afastar de quem se sente confortável em me magoar, pedindo a Deus a valentia de me amar em primeiro lugar”.
“O que nos faz melhores, realmente, é a capacidade de termos compaixão e empatia. O empenho em sermos solidários, recíprocos e transparentes em nossas relações. A habilidade de olhar no fundo dos olhos daqueles que amamos e demonstrar as verdades de nosso coração, mesmo que isso cause dor no momento. A virtude de assumirmos nossos erros, de não nos fazermos de vítimas, de não nos acovardarmos diante de nossas próprias fraquezas. E, finalmente, o respeito por todos, nunca nos esquecendo que estamos juntos no mesmo barco, que fazemos parte de uma totalidade, e que, ainda que nos imaginemos como gigantes, somos apenas pequenos grãos de poeira num vasto universo comandado por Deus”.
“Ninguém está imune a amar, e, amando se sentir vulnerável, frágil, oprimido. A boa notícia é que passa. Passa e leva embora nossos fantasmas, nossos pontos de interrogação e, acima de tudo, nossas mágoas”.
“Crescer talvez seja o momento em que passamos a acomodar nossos anseios e exigências sob um teto de realidade e possibilidade. Vamos descobrindo que haverá dias em que as coisas não serão como desejamos; elas serão como são, e tudo bem. Diminuindo as expectativas e aumentando a capacidade de perdoar, aprendemos que a vida é mesmo limitada, e está tudo certo também. Somos imperfeitos, as pessoas que amamos falham, nem sempre nossas expectativas são correspondidas. E, depois de cair, a gente tem que se levantar, mesmo que não haja ninguém para nos ajudar”.
“Somos todos linhas do mesmo novelo, e reconhecer que carregamos um legado tanto de falhas e imperfeições quanto de amor e coragem nos ajuda a ventilar as feridas e aceitar a fragilidade e limitação das coisas e das pessoas”.
“Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou”.- Padre Fábio de Mello
“Mãe jamais cruza os braços. Mesmo que finja ignorar, no fundo de sua alma ela ora a Deus por nossos caminhos. Mesmo saindo de perto, ela não nos abandona. Ainda que não concordando conosco, ela continuará leal a quem somos de fato. Pois só ela nos conhece de verdade, sem as máscaras que adquirimos com o tempo. Só ela sabe dos nossos medos mais primitivos, e pode explicar a origem daquela angústia ou dificuldade”.
“Crescemos, adquirimos novos hábitos e costumes, e constatamos que nem tudo foi perfeito na casa onde nascemos. Ficamos críticos, passamos a discordar da educação que tivemos e tentamos agir de outro modo com nossos filhos. No entanto, também passamos a repetir aquilo que foi bom. Sem querer, nos flagramos repetindo falas e trejeitos de nossos pais, repetindo brincadeiras, receitas e passeios, tentando eternizar tradições”.
“Escolhemos aquilo que queremos priorizar, e muitas vezes deixamos para depois pessoas e momentos importantes que nunca mais voltarão”.
“Acredito que quando você diz que ‘não tem tempo’ para alguma coisa, na verdade você está dizendo que não escolhe aquilo como prioridade. Simples assim. ‘Falta de tempo’ já virou desculpa para quase tudo: desinteresse, desimportância, descaso, desapego. As pessoas reservam vagas na agenda para aquilo que acham que merece atenção, envolvimento, empenho. Nem sempre fazem escolhas acertadas, e um dia, tarde demais, podem perceber que privilegiaram coisas supérfluas às coisas importantes”.
“A gente sempre acha que terá tempo de sobra, mas a verdade é que ninguém tem. De uma hora para outra percebemos que o correr da vida nos engole por completo, e por isso é urgente não adiar nem tardar o perdão, as manifestações de afeto, a nossa presença plena e integral junto àqueles que amamos”.
“Troque o sofá pelos ‘encontros felizes’ e nunca se esqueça que a contabilidade que de fato importa é baseada nas experiências vividas, nos laços criados e nas prioridades assumidas”.
“Perdoar não significa que você acredita que a pessoa que te feriu merece perdão, mas que você merece paz. Perdoar nos autoriza a seguir em frente com serenidade, sem o peso de bagagens carregadas de mágoas, dores, sofrimento. Perdoar é uma habilidade. Um trato com o desejo de sermos gentis com nossa alma, ressignificando o que é importante, o que deve ser valorizado, e dando um basta a tudo o que é supérfluo e já não cabe mais em nossa nova etapa de vida”.
“Perdoar é fazer um detox na alma. É varrer para fora todo lixo que deixaram em você, e que você tem alimentado com flashbacks carregados de tristeza e mágoa. Perdoe, supere, esqueça. Não valorize o mal que fizeram, o trauma que causaram, o buraco que deixaram. Não coloque num pedestal quem te feriu ou a dor que causou, mas antes descubra que é bom deixar ir, para que os espaços sejam ocupados por aquilo que torna a sua vida mais leve e livre de vínculos com aquilo que te envenena e aprisiona”.
“As mães nunca morrem. Elas entardecem, tingem de nuvens os cabelos e viram pôr do sol”. - Marcos Luedy
“As mães nunca morrem. Elas se afastam, e a neblina das primeiras horas encobre o que antes era visível e palpável. Dentro de nós, antigos sons chamando para o jantar ou contando histórias antes de dormir nos dão a certeza de que, mesmo que se diga que tudo passa, elas não passarão. O que acontece é que elas se transformam. Vão entardecendo e sendo encobertas, mas caminharão para sempre junto de nós, na alma e no coração”.
“As memórias de família enriquecem nosso repertório de significados, valores, fé e tradições. E nos acolhem naqueles momentos de dúvida, falta de sentido diante das inconstâncias da vida e descrença no futuro. Quem tem histórias de afeto ao redor de uma mesa simples, alegrias miúdas contadas através de causos de família, fé aprendida e praticada na intimidade, e melodia de tempos felizes numa voz antiga não se entristece à toa”.
“Não quero lamentar o que eu poderia ter tido e não tive, pois embaixo dos telhados de minha existência conheci e vivi tudo o que amei e ainda me sustenta - vestígios de uma vida jardineira, semeadora de contradições e buscadora de simplicidade”.
“Elegância é, antes de tudo, saber se comportar com uma simplicidade sofisticada e uma sabedoria discreta perante a vida”.
“Não é a aparência, é a essência. Não é o dinheiro, é a educação. Não é a roupa, é a classe”. - Coco Chanel
“A elegância está no comportamento, e não na posse disso ou daquilo. Já vi muita gente desprovida de recursos ter gestos nobres, e muita gente endinheirada ser extremamente desagradável e mesquinha. Isso me dá a certeza que não se mede grandeza por riqueza, nem elegância por aparência”.
“O mais importante não é ter, e sim ser”. - Autor desconhecido
“Existe alma em tudo que a gente atribui sentimento. O que ninguém nos conta é que é preciso coragem para mergulhar fundo na existência. Coragem para absorver singelezas, delicadezas, miudezas de tudo que é comum e corriqueiro. Coragem para não se blindar dos eventos que nos alcançam nas horas mais distraídas e que serão lembrados para sempre, quer a gente queira ou não. Coragem para entender que, mesmo que a gente deseje, jamais conseguiremos nos desapegar de algumas histórias. Coragem para descobrir que, se a gente quer que a vida seja realmente extraordinária, isso vai doer um pouquinho, mas esse preço a pagar é muito pequeno diante de tudo que a gente irá ganhar…”.
“Ser feliz é uma decisão, um trato com o bem-estar apesar de tudo que o possa ameaçá-lo. Pois a alegria vem e vai, mas permanecer feliz independentemente da dança dos dias é um compromisso que assumimos dando boas-vindas aos prazeres e delícias, mas também aceitando com paciência todas as falhas, faltas, tristezas, tédio e saudades que fazem parte do pacote que é a existência”.
“Não é a ausência de tristezas e decepções que torna alguém feliz. Se fosse assim, ninguém estaria apto a receber a tal felicidade. O primeiro passo para ser feliz, não importando os altos e baixos que nos cercam dia após dia, é o empenho em encontrar contentamento interno apesar das nuvens carregadas, dos lugares vazios ao nosso lado, dos desejos insatisfeitos e das bagagens pesadas”.
“O caminho para uma vida equilibrada e feliz depende muito mais de nosso empenho, de nosso esforço pessoal, do que simplesmente de estar à espera de um golpe de sorte que venha acrescentar para nós algum tipo de alegria momentânea”.
“A felicidade é feita de tijolinhos, e inclui o equilíbrio entre mente, corpo, coração e espiritualidade. Buscar esse equilíbrio tem um preço, e requer disciplina e muita coragem. Os ingredientes tanto da felicidade quanto da infelicidade estão igualmente presentes em todos nós; cabe a cada um decidir qual prevalecerá. Para ambos os caminhos, é preciso muito esforço e insistência”.
“Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade”. - Autor desconhecido
“Feliz é quem entende que tudo passa. Quem sabe que bênçãos e adversidades se intercalam na vida de todos, mas não são elas que determinam se somos ou não realmente felizes. Feliz é quem não deposita seu bem-estar permanente naquilo que é perecível, nem recusa a alegria duradoura em nome de um prazer momentâneo. Quem compreende que a vida é muito frágil, e por isso não adia o encontro com aqueles que ama, nem chega tarde demais aos encontros que nunca mais se repetirão”.
Texto e Imagem: Google
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