Título original: Paulo e Estêvão
Autor(a): Francisco Cândido Xavier / Espírito: Emmanuel
Ano da edição: 2017
Editora: FEB
Gênero: Romance
Catalogação: Romance Espírita
Sinopse: Quem era Paulo de Tarso? Um fariseu fanático, obstinado perseguidor de cristãos e da nascente doutrina cristã? Ou um ser predestinado por determinação divina, que recebeu a dádiva da aparição de Jesus, em gloriosa visão às portas da cidade de Damasco, convertendo-se ao Cristianismo? A leitura deste livro nos mostrará a grandeza de Paulo de Tarso. Corajoso, intrépido e sincero que, arrependido de uma postura radical que culminou no apedrejamento de Estêvão - o primeiro mártir do Cristianismo -, humildemente empreendeu acelerada revisão de conceitos e atendeu ao chamado de Jesus. Em algum ponto da vida todos recebemos um chamado do Cristo. Que temos feito? "Paulo e Estevão" fará você compreender como o amor apaga a imensidão de faltas cometidas.
TRECHOS EXTRAÍDOS NA LEITURA DO LIVRO
“Sem cooperação, não poderia existir amor; e o amor é a força de Deus, que equilibra o Universo”.
“Se a letra mata, o espírito vivifica”.
“A tragédia foi sempre o preço doloroso dos prazeres fáceis. De quando em quando, os grandes escândalos reclamavam as grandes repressões”.
“Deus mandou gravar o ensinamento do amor, recomendando que o amássemos sobre todas as coisas, de todo o coração e todo o entendimento”.
“Todos os sofrimentos enviados por Deus são proveitosos e justos, e todos os males procurados pelas mãos do homem trazem, invariavelmente, torturas infernais à consciência invigilante”.
“Os filhos de Deus devem estar prontos para a execução das divinas vontades. Os profetas, por sua vez, nos esclarecem que os homens são varas no campo da criação. O Todo-Poderoso é o lavrador e nós devemos ser os galhos floridos ou frutíferos, na sua obra. A palavra de Deus nos ensina a ser bons e amáveis. O bem deve ser a flor e o fruto, que o Céu nos pede”.
“Se o Criador nos dá os bens para nossa alegria, pode enviar-nos igualmente os dissabores para nosso proveito”.
“A criatura convicta da paternidade divina anda, no mundo, fortalecida e feliz”.
“O progresso de um homem depende do seu próprio esforço”.
“Onde todos gozam do benefício, ninguém pode fugir à responsabilidade”.
“O Cristo é vida, e a salvação que nos trouxe está na sagrada oportunidade da nossa elevação, como filhos de Deus, exercendo os seus gloriosos ensinamentos”.
“Quem se associa na culpa dá testemunho de amor no capítulo das reparações”.
“Os mais humildes e ignorantes caminham à frente dos perigos. Os senhores da destruição aparecem depois”.
“O leito de dor é um campo de ensinamentos sublimes e luminosos. Nele, a alma exausta vai estimando no corpo a função de uma túnica. Tudo o que se refira à vestimenta vai perdendo, consequentemente, de importância. Persevera, contudo, a nossa realidade espiritual”.
“O homem sincero não se poderá preocupar com os que o elogiem ou o lamentem no cumprimento de um sagrado dever”.
“Todo aquele que desejar participar do meu reino, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga os meus passos”. - Jesus
“Ninguém será reconhecido a Deus se não mostrar agradecimento aos homens...”.
“Por mais rude e longa que seja a estação de sol ardente, a folha do deserto não poderá esquecer a chuva benéfica que lhe deu vida”.
“O Cristo, cumprindo a sagrada palavra dos profetas, revela-nos que a vida é um conjunto de nobres preocupações da alma, a fim de que marchemos para Deus pelos caminhos retos. Não podemos conceber o Criador como juiz ocioso e isolado, senão como Pai desvelado no benefício de seus filhos”.
“O egoísmo ataca a saúde, o ciúme prejudica o mandato divino, como a ferrugem e a traça que inutilizam nossas vestes e instrumentos, quando nos descuidamos. São poucos os que se recordam da proteção divina, nos dias alegres da fartura, como raríssimos os que trabalham à revelia do aguilhão”.
“O Cristo é um roteiro para todos, constituindo-se em consolo para os que choram e orientação para as almas criteriosas, chamadas por Deus a contribuir nas santas preocupações do bem”.
“A morte não é o fim de tudo... Contudo, é preciso morrer para vivermos verdadeiramente. (...) Jesus nos ensinou que a semente caindo na terra fica só, mas se morrer dá muitos frutos!...”.
“A má-fé tem sempre caminhos para tentar a confusão do que é puro”.
“Um homem de vida pura e reta, sem os erros da própria boa intenção, está sempre pronto a plantar o bem e a justiça no roteiro que perlustra; mas aquele que já se enganou, ou que guarda alguma culpa, tem necessidade de testemunhar no sofrimento próprio, antes de ensinar. Os que não forem integralmente puros, ou nada sofreram no caminho, jamais são bem compreendidos por quem lhes ouve simplesmente a palavra. Contra os seus ensinos estão suas próprias vidas. Além do mais, tudo que é de Deus reclama grande paz e profunda compreensão”.
“Só a dor nos ensina a ser humanos. Quando a criatura entra no período mais perigoso da existência, depois da matinal infância e antes da noite da velhice; quando a vida exubera energias, Deus lhe envia os filhos, para que, com os trabalhos, se lhe enterneça o coração”.
“É preciso morrer para o mundo, para que o Cristo viva em nós...”.
“Na diversidade das lutas sociais o traço dominante das relações cifrava-se agora, a seus olhos, nas vantagens do interesse individual; ao passo que, na unidade de esforços da tarefa do Mestre, havia um cunho divino de confiança, como se os compromissos tivessem o ascendente divino, original”.
“Está escrito que devemos comer o pão com o suor do rosto. O trabalho é o movimento sagrado da vida”.
“Todo trabalho honesto está selado com a bênção de Deus”.
“Os grandes sentimentos nunca povoam a alma de uma só vez, em sua beleza integral. A criatura envenenada no mal é qual recipiente de vinagre, que necessita ser esvaziado pouco a pouco”.
“Se Jesus nos tem valido a todos, não é porque o mereçamos, mas pela necessidade de nossa condição de pecadores”.
“Jesus ensinou que só conseguimos elevados objetivos, neste mundo, cedendo alguma coisa de nós mesmos. (...) Na marcha temos a oportunidade de ensinar alguma coisa e revelar quem somos”.
“O discípulo não poderá ser maior que o mestre”.
“A melhor posição da vida é a do equilíbrio. Não é justo desejar fazer nem menos, nem mais do que nos compete, mesmo porque o Mestre sentenciou que a cada dia bastam os seus trabalhos”.
“Os filhos podem ser ingratos e conseguem esquecer, mas os pais, se nunca os retiram do pensamento, sabem sentir melhor a crueldade do seu proceder...”.
“Reencetar a existência, não era volver à atividade do ninho antigo, mas principiar, do fundo da alma, o esforço interior, alijar o passado nos mínimos resquícios, ser outro homem enfim”.
“É preciso ser fiel a Deus! Ainda que o mundo inteiro se voltasse contra ti, possuirias o tesouro inesgotável do coração fiel. A paz triunfante do Cristo é a da alma laboriosa, que obedece e confia...”.
“O caminho para Deus está subdividido em verdadeira infinidade de planos. O espírito passará sozinho de uma esfera para outra. Toda elevação é difícil, mas somente aí encontramos a vitória real. Recorda a ‘porta estreita’ das lições evangélicas e caminha”.
“A realização espiritual reclama o concurso de todos os sentimentos que enobreçam a alma”.
“Jesus deu ao mundo quanto possuía e, acima de tudo, deu-nos a compreensão intuitiva das nossas fraquezas, para tolerarmos as misérias humanas...”.
“A alma deve estar pronta a atender ao programa divino, em qualquer circunstância, livre de caprichos pessoais”.
“Quando todos nos abandonam, Ele está conosco; quando os amigos fogem, sua bondade mais se aproxima. Para forrarmo-nos das míseras contingências desta vida mortal, é preciso crer nele e segui-lo sem descanso!...”.
“A fúria não é amiga da verdade e quase sempre esconde inconfessáveis interesses”.
“A palavra da verdade é muito eloquente. Será grande talismã, na existência, o sabermos viver com os nossos próprios recursos, sem exorbitar do necessário ao nosso enriquecimento espiritual”.
“O serviço do bem é a muralha defensiva das tentações”.
“O dinheiro quando não bem aproveitado sempre dissolve os laços e as responsabilidades mais santas”.
“A marcha para o Cristo é feita igualmente por fileiras. Todos devemos chegar bem; entretanto, os que se desgarram têm de chegar bem por conta própria”.
“O amor é santo, mas a paixão é venenosa”.
“Quando somos sinceros, estamos em repouso invulnerável; mas cada um aceita a verdade como pode”.
“Deus nos purifica o coração pela fé e não pelas ordenanças do mundo”.
“A amizade a Deus é incompatível com a amizade ao mundo. Levantando-nos para a execução fiel do dever, as noções do mundo se levantam contra nós. Parecemos maus e ingratos, mas ouve-me: ninguém encontrará fechadas as portas da oportunidade, porque é o Todo-Poderoso quem no-las abre. A ocasião é a mesma para todos, mas os campos devem ser diferentes. No trabalho propriamente humano, as experiências podem ser renovadas todos os dias. Isso é justo, mas considero que, no serviço do Pai, se interrompemos a tarefa começada, é sinal de que ainda não temos todas as experiências indispensáveis ao homem completo. Se a criatura ainda não sabe todas as noções mais nobres, relativas à sua vida e deveres terrestres, como consagrar-se com êxito ao serviço divino?”.
“A medicina do corpo é um conjunto de experiências sagradas, de que o homem não poderá prescindir, até que se resolva a fazer a experiência divina e imutável, da cura espiritual”.
“Que seria de nossa tarefa sem as luzes do plano superior? Do solo brota muito alimento, mas, apenas para o corpo; para a nutrição do espírito é necessário abrir as possibilidades de nossa alma para o Alto e contar com o amparo divino. Nesse particular, toda a nossa atividade repousa nas dádivas recebidas”.
“A falsa cultura encontrará sempre, na sabedoria verdadeira, uma expressão de coisas imaginárias e sem sentido”.
“Onde houvesse luta, haveria sempre frutos a colher. As discussões e os atritos, em muitos casos, representavam o revolvimento da terra espiritual para a semente divina”.
“O valor da tarefa não está na presença pessoal do missionário, mas no conteúdo espiritual do seu verbo, da sua exemplificação e da sua vida”.
“O melhor testemunho está em morrer devagarinho, diariamente, pela vitória da sua causa; (...) Deus não deseja a morte do pecador, porque é na extinção de nossos caprichos de cada dia que encontramos a escada luminosa para ascender ao seu infinito amor”.
“Importa-nos saber morrer, para que nossas idéias se transmitam e floresçam nos outros. As lutas pessoais, ao contrário, estiolam as melhores esperanças”.
“A vida não é isto que vemos na banalidade de todos os dias terrestres; é antes afirmação de imortalidade gloriosa com Jesus Cristo!”.
“Quando temos a consciência pura, ninguém nos pode tolher a liberdade”.
“Quando um homem afirma não aceitar a paternidade do Todo-Poderoso, é que, em regra, se arreceia do julgamento de Deus”.
“A cada qual, devemos falar de acordo com sua capacidade espiritual”.
“Somos fracos demais para nos atribuirmos qualquer valor”.
“Procuraremos caminhar no mundo qual marinheiro vigilante, que, ignorando o momento da tempestade, guarda a certeza da sua vinda. (...) Buscamos mar alto, de própria conta. Também Cristo Jesus nos concede os celestes avisos no seu Evangelho de Luz, mas, frequentemente optamos pelo abismo das experiências dolorosas e trágicas. A ilusão, como o vento sul, parece desmentir as advertências do Salvador, e nós continuamos pelo caminho da nossa imaginação viciada; entretanto, a tempestade chega de repente. É preciso passar de uma vida para outra, a fim de retificarmos o rumo iniludível. Começamos por alijar o carregamento pesado dos nossos enganos cruéis, abandonamos os caprichos criminosos para aceitar plenamente a vontade augusta de Deus. Reconhecemos nossa insignificância e miséria, alcança-nos um tédio imenso dos erros que nos alimentavam o coração, tal como sentimos o nada que representamos neste arcabouço de madeiras frágeis, flutuante no abismo, tomados de singular enjoo, que nos provoca náuseas extremas! O fim da existência humana é sempre uma tormenta como esta, nas regiões desconhecidas do mundo interior, porque nunca estamos apercebidos para ouvir as advertências divinas e procuramos a tempestade angustiosa e destruidora, pelo roteiro de nossa própria autoria”.
“O perigo ensina a fraternidade imediata. (...) Embora diferentes uns dos outros, perante Deus a dor nos irmana os sentimentos para o mesmo fim de salvação e restabelecimento da paz. Creio que a vida em terra firme seria muito diferente, se as criaturas lá se compreendessem tal como acontece aqui, agora, nas vastidões marinhas”.
“A ignorância sempre está pronta a transitar da maldição ao elogio e vice-versa”.
“A fortuna suprema do homem é a paz da consciência pelo dever cumprido”.
Texto e Imagem: Google
📚 Biblioteca Pessoal

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