Sou de Abaeté, tem base?


Quem não sente orgulho do lugar onde nasceu, da terra onde pisou, das raízes que fincou? Mesmo que tenha deixado para trás, quase sempre em busca de melhores condições de vida, é lá, naquele lugar que quando se pisa o chão, o coração bate mais forte, o sangue parece correr mais rápido nas veias e um sentimento de bem estar aquece a alma! Sabe porque? Porque, mesmo que tenhamos que deixar nossa cidade natal, é nela que está cravada a nossa história e a nossa identidade, é dela que fazemos parte... Quando recordamos nossa infância, é nas suas ruas, nas suas terras que encontraremos o conforto das doces lembranças e vai bater aquela saudade, de tantos encontros e despedidas, tantos causos, tantas histórias! E vamos descobrir que não importa o lugar do mundo em que estejamos, é ali, naquele lugar, que Deus faz a nossa vida ter valido a pena! Esse é meu sentimento em relação à Abaeté, terrinha de Minas, onde cada pedacinho conta um pouco das minhas origens, um legado que carrego com orgulho e alegria.

Em minha terra me sinto tão acolhida e integrada,
que às vezes me faltam olhos críticos
ou de justo encantamento
- a ela não pareço estar suficientemente atenta .
Se viajo, outras seguram o meu olhar curioso,
predisposto a delas gostar
- há quase sempre a intenção de voltar.
Mas é à minha terra que sempre retorno,
bendizendo o meu lugar no mundo,
aquele que reconheço como pátria
e me reconhece como filha.
Terra minha,
não apenas um espaço físico,
mas um conjunto de sentimentos,
modos de ser, posturas,
que definem sua alma,
nossa alma brasileira...


• Poema de Cecília Quadros extraído do blog "Poemas da Minha Terra" •
Texto inicial: Léia Silva / Imagens: Arquivo pessoal 

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